O dólar fechou com leve alta ante o real hoje (1) depois que o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, não surpreendeu o mercado e manteve sua taxa básica de juros, continuando a indicar que futuras e esperadas altas serão feitas de maneira gradual.
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A moeda norte-americana avançou 0,11%, a R$ 3,7589 na venda, depois de ir a R$ 3,7707 na máxima do dia e R$ 3,7318 na mínima. O dólar futuro tinha leve alta de cerca de 0,10%.
“Ninguém esperava que o Fed elevasse as taxas hoje, e ninguém esperava que o comitê recuasse de seus planos de novos aumentos”, afirmou o analista da gestora CIBC, Avery Shenfeld, em nota. “Então continua o dia”, acrescentou.
Em sua decisão divulgada nesta tarde, o Fed manteve a taxa de juros no intervalo entre 1,75% e 2%, mas classificou a economia como forte, mantendo-o no caminho para aumentar os custos dos empréstimos em setembro.
Segundo cálculos do CME Group, os juros futuros dos EUA precificavam cerca de 90% de chances de alta dos juros para o intervalo de 2% a 2,25% em setembro e cerca de 70% de apostas de outra elevação, para 2,25% a 2,50%, em dezembro.
“Apesar da incerteza sobre a política comercial e críticas do presidente Donald Trump [sobre os juros], esperamos que a próxima alta ocorra em setembro”, reforçou a Capital Economics em nota. E acrescentou: “O enfraquecimento do estímulo fiscal e o impacto crescente do aperto monetário farão com que o crescimento econômico diminua drasticamente, levando o Fed a interromper as elevações de juros em meados do próximo ano”.
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Os investidores estão de olho sobre os possíveis impactos da guerra comercial dos EUA contra outros países e na política monetária do Fed. Taxas mais elevadas nos EUA ajudam a atrair recursos aplicados hoje em outras praças, como a brasileira.
Ameaças de Trump de que elevaria de 10% para 25% as tarifas sobre US$ 200 bilhões em produtos chineses trouxeram alguma cautela aos negócios no começo e no final do dia. A China já prometeu que vai revidar se houver mais medidas.
No exterior, o dólar operava com pequena alta ante uma cesta de moedas e subia sobre boa parte das divisas de países emergentes, como o peso chileno, lira turca e rublo.
O Banco Central brasileiro ofertou e vendeu integralmente 4,8 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, rolando US$ 240 milhões do total que vence em setembro. Esse foi o primeiro leilão para essa rolagem.
Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá rolado o total que vence de US$ 5,255 bilhões.