O Grupo Abril protocolou hoje (15) em São Paulo um pedido de recuperação judicial de suas empresas, citando dívidas de R$ 1,6 bilhão.
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O pedido de recuperação judicial engloba todas as companhias operacionais do grupo, incluindo a Abril Comunicações e as empresas de distribuição de publicações, agrupadas dentro da Dipar Participações, e de distribuição de encomendas Tex Courier.
“Esse movimento se deve à necessidade do grupo em buscar proteção judicial para a repactuação de seu passivo junto a bancos e fornecedores e, dessa forma, garantir sua continuidade operacional”, afirmou o grupo em comunicado. A companhia afirmou que a decisão foi motivada por “uma situação de instabilidade junto a seus credores e ações abruptas de restrição de seu capital de giro”.
O grupo criado em 1950 por Victor Civita tem enfrentado nos últimos anos crescente migração de receitas publicitárias de meios impressos para mídias digitais, encabeçadas mais recentemente por Google e Facebook.
Na semana passada, a Abril anunciou o fechamento de 10 títulos, incluindo revistas conhecidas como “Elle”, “Boa Forma”, “VIP”, “Viagem e Turismo” e “Casa Claudia”, além da demissão de cerca de 500 funcionários, incluindo 100 jornalistas. Outros 15 títulos, incluindo o da revista “Veja”, foram mantidos.
Em julho, a Abril tinha passado o comando executivo do grupo para a consultoria Alvarez & Marsal, especializada em processos de recuperação judicial.