A administradora de shopping centers Iguatemi aumentou em quase 19% o lucro líquido do segundo trimestre, para R$ 60,6 milhões, apoiada em uma redução de cerca de 30% nas despesas financeiras, o que mais que compensou vendas menores no período.
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Os lojistas venderam um total de R$ 3,25 bilhões entre abril e junho, alta de 0,1% ano a ano. No conceito mesmas lojas, no entanto, houve uma retração de 1,9%.
Em 2 de julho, a Reuters antecipou que os shoppings do país estavam propensos a colher resultados mais fracos, com uma combinação de eventos incluindo a greve dos caminhoneiros e a Copa do Mundo se somando ao ritmo mais lento que o esperado da recuperação econômica do país.
“É muito difícil segregar os efeitos porque tudo aconteceu simultaneamente”, disse à Reuters a diretora financeira do Iguatemi, Cristina Betts, destacando a forte base de comparação com 2017 – quando o governo liberou o saque de contas inativas do FGTS –, o que juntamente com as eleições deverá repercutir no desempenho do terceiro trimestre.
A executiva observou que julho é um mês tipicamente mais fraco, mas este ano rendeu números ainda menos expressivos devido à Copa do Mundo. “Mas ainda é meio cedo para dizer como será o terceiro trimestre”, ressaltou.
Em 2018, as ações da Iguatemi acumulam baixa de quase 40%, enquanto a principal concorrente Multiplan tem queda de pouco mais de 15% desde o começo do ano.
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Mas a diretora financeira segue confiante de que a empresa entregará a expectativa de um crescimento de 2% a 7% na receita líquida de 2018. No segundo trimestre, o faturamento subiu 3,3% sobre igual intervalo de 2017, para R$ 175 milhões, refletindo a redução de descontos a alguns lojistas.
Como resultado, o indicador de aluguel mesmas áreas subiu 5,7% no trimestre encerrado em junho. Ao mesmo tempo, o índice de inadimplência aumentou 0,4%, para 1,6%.
“Só tiramos desconto de quem sabemos que pode pagar… Essa inadimplência é a fotografia de quem está em atraso há 30 dias por causa das discussões em andamento”, explicou a executiva.
Entre abril e junho, o desempenho operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) avançou 1,6% na base anual, para R$ 132,5 milhões. A margem Ebitda foi de 75,7%, caindo ante os 77% do segundo trimestre do ano passado, mas ficando dentro do intervalo de 75% e 79% projetado para 2018.
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O Iguatemi mantém a previsão de investir de R$ 170 milhões a R$ 220 milhões em 2018, dos quais R$ 65 milhões já foram desembolsados nos seis primeiros meses do ano, com a maior parte dos recursos destinada à conclusão de outlet em Santa Catarina.
O grupo acumulava uma dívida total de R$ 2,175 bilhões ao fim de junho, com prazo médio de quatro a sete anos. Enquanto isso, a alavancagem medida pela relação de dívida líquida sobre o Ebitda era de 2,84 vezes, estável ante o primeiro trimestre de 2018 e 3,14 vezes no segundo trimestre de 2017.