O grupo de selos independentes de música Impala pediu que as autoridades de defesa da concorrência da União Europeia impeçam a Sony de se tornar a maior gravadora de música do mundo com sua oferta de US$ 2,3 bilhões pelo controle da EMI, dizendo que a empresa combinada teria muito poder de mercado.
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A Sony anunciou o acordo em maio, na mais ousada estratégia do novo presidente-executivo, Kenichiro Yoshida, para dar à empresa direitos sobre 2,1 milhões de músicas de artistas como Drake, Sam Smith, Pharrell Williams e Sia.
O conglomerado japonês, que atualmente possui 30% de participação na EMI, quer comprar a fatia de 60% do Mubalada Investment. Em julho, a Sony também adquiriu a participação minoritária na EMI do espólio de Michael Jackson.
A crescente popularidade dos serviços de transmissão de música com preço fixo, como Spotify, Apple Music, Google Play, SoundCloud e YouTube, impulsionou a indústria.
O controle da Sony sobre a EMI daria à empresa o poder de fazer o que quiser, disse Helen Smith, presidente-executiva do Impala. “O mercado precisa de grandes operadores, mas não quando é permitido adquirir tanto poder que eles começam a estrangular o mercado e espremer os independentes que são os que assumem os riscos”, disse, acrescentando que 80% dos novos lançamentos vêm de selos independentes.
Ela disse que o acordo daria à Sony o poder de negociar direitos online para seus catálogos de gravação e de direitos de reprodução, promover seu repertório global tanto em rádio quanto em playlists, e ser capaz de atrair compositores com melhores condições.
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Há também o risco de a Sony se concentrar mais em sucessos anglo-americanos mais vendidos do que em canções locais, disse Helen.
“O bloqueio parece ser o único caminho, já que é difícil ver como medidas compensatórias poderiam ajudar neste caso”, disse ela. O Impala planeja enviar seus comentários à Comissão Europeia nesta semana.
O regulador de concorrência da UE autorizou a aquisição pela Sony e pelo Mubadala do negócio editora de música da EMI em 2012 em troca de pesadas concessões, incluindo a venda dos direitos de reprodução mundial de quatro catálogos e das obras de 12 compositores.