A Burberry anunciou no último dia 6 que não vai mais destruir produtos que não foram comercializados, em uma tentativa de se tornar mais sustentável.
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No ano passado, foi relatado que a empresa destruiu mais de £28,6 milhões em produtos não vendidos para proteger sua marca. A ação causou uma enorme reação dos ambientalistas, o que levou a Burberry a dar uma resposta.
Marco Gobbetti, diretor-executivo da Burberry, afirmou: “Luxo moderno significa ser social e ambientalmente responsável. Essa crença é fundamental para nós e para o nosso sucesso a longo prazo. Estamos comprometidos em aplicar a mesma criatividade a todas as partes da Burberry, assim como a nossos produtos”.
A sustentabilidade da indústria têxtil tem sido debatida há muito tempo, e a ideia de alugar roupas, por exemplo, foi introduzida para reduzir a grande quantidade de resíduos produzidos.
“Já reutilizamos, reparamos, doamos ou reciclamos produtos não comercializados e continuaremos a expandir esses esforços”, disse a Burberry, que se uniu à empresa de luxo sustentável Elvis & Kresse, o que significa que, nos próximos cinco anos, 120 toneladas de produtos de couro serão transformadas em novos produtos.
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A Burberry também se comprometeu a parar de usar peles de animais. Não haverá peles de verdade na coleção de estréia de Riccardo Tisci para a marca, no próximo mês, e a empresa começará a eliminar gradualmente produtos feitos de peles reais.
As peles na indústria da moda começam a diminuir após campanhas contínuas de ativistas dos direitos dos animais. A Burberry se une a outros designers globais, como Gucci e Giorgio Armani, que também ficaram livres da pele.
A marca estabeleceu três metas para se tornar sustentável até 2022: ser neutra em carbono e reavaliar o desperdício, impulsionar a mudança positiva em 100% dos produtos e impactar positivamente 1 milhão de pessoas.