O dólar recuava ante o real na manhã de hoje (14), em movimento de correção de rota depois de bater o recorde do Plano Real ontem (13). Às 10h52, a cotação da moeda americana recuava 0,47%, a R$ 4,1761 na venda, depois de terminar a véspera a R$ 4,1957. O dólar futuro tinha perdas de cerca de 0,90%. O recuo é motivado pela pesquisa de intenção de voto encomendada pela XP Investimentos, divulgada pela manhã, e pela expectativa do novo levantamento eleitoral do Datafolha, que sai depois do fechamento do mercado. A pesquisa da XP mostrou o candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, ainda na liderança, com os outros quatro candidatos em empate técnico na briga pela segunda posição.
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“(O cenário para os mercados) emergentes aliviou e, como o real subiu muito ontem, abriu tentando realizar”, explicou a estrategista de câmbio do banco Ourinvest, Fernanda Consorte.
Os investidores têm optado por posições defensivas enquanto buscam mais clareza sobre o desfecho eleitoral, ao mesmo tempo em que começam a questionar sobre possíveis intervenções do Banco Central com o dólar no patamar de R$ 4,20 já que a moeda estava próxima a esse nível quando o BC atuou, no final do mês passado.
“O BC também poderia esperar para ter um cenário mais claro para intervir no mercado de câmbio”, avaliou Fernanda. Para a sessão desta sexta-feira, por ora, o BC apenas anunciou o leilão para rolagem do vencimento de swaps tradicionais — equivalente à venda futura de dólares — de outubro, no total de US$ 9,801 bilhões, com oferta de até 10,9 mil contratos. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.
No exterior, o dólar subia ante a cesta de moedas e operava misto ante emergentes, com destaque para o recuo ante o rublo após o banco central russo elevar os juros para 7,5%.