O dólar fechou o dia (5) com leve queda ante o real, com o pouco alívio na cena externa favorecendo uma leve correção, mas o cenário eleitoral doméstico ainda continuou gerando cautela nos investidores.
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A moeda norte-americana recuou 0,23%, a R$ 4,1436 na venda, depois de oscilar entre a máxima de R$ 4,1871 e a mínima de R$ 4,1122. O dólar futuro tinha queda de cerca de 0,05% no final da tarde.
Só em agosto, o dólar havia saltado quase 8,5% frente ao real e, nos dois pregões passados, subiu mais 1,98%, aproximando-se do seu maior patamar histórico de fechamento, a R$ 4,1655 batido em 21 de janeiro de 2016.
“O exterior deu uma boa melhorada. Acabamos acompanhando”, afirmou o superintendente da Correparti Corretora, Ricardo Gomes da Silva.
O dólar caía ante uma cesta de moedas após notícia de que os governos do Reino Unido e da Alemanha teriam abandonado as principais demandas do Brexit, potencialmente facilitando a trilha para o acordo de separação, o que favoreceu o euro e a libra.
Mais cedo, a moeda norte-americana chegou a subir em meio a temores de que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, possa intensificar a guerra comercial com a China ao impor tarifas sobre mais importações chinesas.
O dólar também passou a cair frente a moedas de países emergentes, como o peso chileno, mexicano e até mesmo argentino.
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A Argentina vem sofrendo fortes turbulências e crise econômica, levando o governo a buscar adiantar recursos do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Internamente, o cenário eleitoral manteve a cautela dos investidores, diante da indefinição sobre a chapa petista à Presidência da República. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve sua candidatura barrada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na madrugada do último sábado (1) com base na Lei da Ficha Limpa.
Na decisão, a Justiça deu prazo até o dia 11 de setembro para o PT escolher um substituto para a cabeça de chapa. Fernando Haddad é o plano B do PT e deverá assumir o papel.
Com isso, a divulgação de pesquisas eleitorais previstas para esses dias foram postergadas. O Ibope fez uma consulta ao TSE após realizar uma “adequação” que retirou da pesquisa o cenário com Lula. E o Datafolha, que divulgaria levantamento nos próximos dias, resolveu suspendê-lo e fazer outro para publicar na próxima segunda-feira (10).
O mercado vê o PT como menos comprometido com as contas públicas. Como Lula lidera todas as pesquisas de intenção de votos, os investidores temem que sua exposição maior dê força à transferência de votos a Haddad.
O Banco Central brasileiro ofertou e vendeu integralmente 10,9 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, rolando US$ 1,635 bilhão do total de US$ 9,801 bilhões que vence em outubro. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.