O Google deseja entrar novamente no mercado de buscas chinês após oito anos da decisão de deixar o país, por conta de repetidos ataques cibernéticos e censura oficial. Segundo um relatório do “New York Times”, o Google agora deseja reverter essa decisão e já trabalha em um mecanismo de busca segundo os termos do governo da China, que exige o bloqueio de sites e de termos de pesquisa que estejam em sua lista negra.
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Um retorno à China não seria uma grande surpresa porque, apesar das questões sobre censura e direitos humanos, é um mercado gigantesco que poucas empresas globais em busca de crescimento podem se dar ao luxo de ignorar. No entanto, voltar para esse mercado não será fácil para o maior provedor de mecanismos de pesquisa do mundo. Os internautas chineses vivem no que pode ser descrito como um universo online paralelo, e usam serviços chineses como WeChat, Alibaba e Baidu, enquanto o resto do mundo usa Facebook, Amazon e Google.
Veja, na galeria de fotos abaixo, o quão diferente o mercado de pesquisa chinês é em comparação aos Estados Unidos e à Europa, segundo dados do StatCounter:
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iStock Estados Unidos
Google: 86,4%
Bing: 7,5%
Yahoo!: 5,1%
Outros: 1% -
Europa
Google: 91,4%
Bing: 3,7%
Yandex: 2,4%
Outros: 2,5% -
iStock China
Baidu: 73,8%
Shenma: 15%
Haosu: 4,1%
Outros: 7,1%
Estados Unidos
Google: 86,4%
Bing: 7,5%
Yahoo!: 5,1%
Outros: 1%