A Embraer apresentou os jatos executivos de médio porte que pretende lançar em 2019, que preencherão o que já era uma das linhas mais amplas do mercado com o que a empresa diz serem os aviões de maior alcance da classe.
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Os Praetor 5o0 e 600 são totalmente fly-by-wire. O sistema de controle por cabo elétrico que comanda todas as superfícies móveis de um avião por computador é o primeiro para jatos desse tamanho, com redução de turbulência ativa, além do que a empresa diz ser a melhor altitude de cabine (5.800 pés) e a maior capacidade de carga útil. O Praetor 500 também promete ser o jato de médio porte mais rápido, com velocidade máxima de 0,83 match (1.016 km/h).
Os aviões são derivados dos jatos Legacy 450 e 500 da Embraer, com novos winglets e tanques extras de combustível para maior alcance, além de um novo design de interiores e recursos tecnológicos avançados na cabine e no cockpit.
O Praetor 600 é uma tentativa da Embraer de ganhar terreno no lucrativo segmento de supermédios. A empresa diz que possui um alcance intercontinental de 3.900 milhas náuticas (7.222,8 km) com quatro passageiros a bordo, o que o torna capaz de voar sem escalas de Nova York a Londres. Pode ser configurado para oito a 12 passageiros. O preço base de tabela é de US$ 21 milhões.
Havia rumores de que a Embraer estaria desenvolvendo um novo supermédio, uma categoria relativamente nova, com cabines quase tão grandes quanto jatos executivos de grande porte, mas não tão superior no quesito alcance de voo. Este é um dos poucos segmentos do mercado de jatos executivos em que as vendas se mantiveram bem em meio à pós-crise financeira. “Ele atinge o ponto ideal no mercado entre preço, tamanho da cabine e desempenho”, diz Ray Jaworowski, analista da Forecast International, empresa de pesquisa, análise e inteligência.
No ano passado, 86 aeronaves de tamanho médio foram montadas, lideradas pelo Challenger 350, da Bombardier, que foi o jato executivo mais vendido de 2017, com 56 entregas. A Forecast International diz que espera que o mercado chegue a 100 aeronaves construídas por ano até 2021.
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O Praetor 600 entrará em um espaço aéreo disputado, com o Gulfstream G280, o Dassault Falcon 2000S e o próximo Cessna Longitude, que poderá entrar em operação até o final do ano, além do Challenger 350.
O Praetor 500 enfrentará menos concorrência, indo contra o Cessna Citation Sovereign + e o Legacy 450 da Embraer, nos quais há equivalência de tamanho e capacidade de assentos.
Foram 32 aeronaves de médio porte construídas em 2017. “Pode haver algumas oportunidades”, diz Jaworowski. “Esse pode ser um mercado relativamente inexplorado.”
A Embraer diz que o Praetor 500 será o jato mais rápido da categoria, com alcance continental de 3.250 milhas náuticas (6.019 km) com quatro passageiros e capacidade máxima de nove passageiros. Preço base de tabela: US$ 17 milhões.
O Legacy 450 é vendido por US$ 16,57 milhões, e o Legacy 500, por US$ 20 milhões.
Tanto o Praetor 5o0 como o 600 são equipados com motores turboélice Honeywell HTF 7500E idênticos, com uma versão de impulso mais alta para o Praetor 600. A cabine de comando apresenta um sistema de visão aprimorado opcional. Os aviões oferecerão aos passageiros uma conectividade de 16 Mbps.