O ex-bilionário saudita Mohammed Al-Amoudi está entre as dezenas de investidores que tiveram concessões de terra revogadas pelo governo da Etiópia. Segundo relatório da Voice of America, serviço oficial de notícias norte-americano voltado para o que se passa além das fronteiras dos Estados Unidos, mais de 410 hectares concedidos a Al-Amoudi em Adis Abeba, a capital etíope, foram devolvidos ao Addis Ababa Land Bank porque os investidores falharam com a promessa de desenvolver a área, cedida com a finalidade de criar empregos para a população jovem da cidade.
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Foram retirados 55 hectares da Midroc Etiópia, empresa privada do espólio do ex-bilionário. Segundo relatos, a organização arrendou cerca de 3.000m² de terra no coração de Adis Abeba em 2005, com a promessa de construir um centro comercial no local, que nunca saiu do papel.
“A empresa acabou de colocar uma cerca em volta do terreno, expulsando os moradores locais. Em vez de construir o centro comercial, deram à cidade uma imagem ruim, tornando-a local de depósito de lixo”, disse Tesfaye Tilahun, chefe do Addis Ababa Land Bank and Transfer Office, na semana passada.
Com foco em mineração de ouro, fabricação de aço, distribuição de óleo e produção de cimento, a Midroc é uma das maiores empresas privadas do país. Filho de pai saudita e mãe etíope, Mohammed Al-Amoudi foi apontado em 2017, pela FORBES, como o segundo homem negro mais rico do mundo, com uma fortuna estimada em US$ 8,1 bilhões.