O dólar iniciou o mês de novembro em queda e terminou o dia (1) abaixo de R$ 3,70, em um momento de maior busca pelo risco no mercado internacional e com os investidores animados com os primeiros passos do novo governo eleito.
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A moeda norte-americana recuou 0,76%, a R$ 3,6943 na venda, depois de cair 7,79% em outubro, sua maior queda porcentual desde junho de 2016.
Na semana, subiu 1,09%, a primeira alta após seis semanas consecutivas de queda, período no qual perdeu 12,29% de seu valor.
Na mínima, a moeda foi a R$ 3,6797 e, na máxima, a R$ 3,7149. O dólar futuro tinha baixa de 0,80%.
“Equipe econômica e projetos do governo Bolsonaro continuam sendo o foco do mercado nesse período de transição”, destacou a Elite Corretora em relatório.
Hoje, o destaque foi a decisão do juiz federal Sérgio Moro de aceitar o convite do presidente eleito Jair Bolsonaro para ser o futuro ministro da Justiça.
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“Bolsonaro ganha pontos muito positivos com a população, que tem em Moro um exemplo de dignidade, e tê-lo no governo seria uma garantia de que a ordem será mantida e a corrupção combatida”, já antecipava logo cedo a gestora Infinity sobre o assunto. Isso pode ser um ponto “a elevar ainda mais a confiança pós-vitória, com consequência nos indicadores econômicos de fim de ano”.
Em nota, Moro disse que pretende implementar uma “forte agenda anticorrupção e anticrime organizado”. Além disso, informou que vai se afastar de novas audiências no âmbito da Lava Jato “para evitar controvérsias desnecessárias”, mas declarou que a operação seguirá em Curitiba sob comando de outros juízes.
No Twitter, o presidente eleito Jair Bolsonaro disse que a agenda anticorrupção e anticrime organizado de Sérgio Moro será o norte de seu governo.
O otimismo do mercado não deve, no entanto, promover alterações no patamar atual do dólar. Pesquisa Reuters mostrou que a perspectiva é de que a moeda fique em R$ 3,75 em 12 meses, perto do nível de R$ 3,70 com o qual a moeda vem trabalhando.
A animação com o cenário político doméstico encontrou respaldo hoje em um movimento de maior busca pelo risco no exterior, levando o dólar a cair forte ante a cesta de moedas e também ante as divisas de países emergentes, como os pesos chileno e mexicano.
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Expectativa de que a China aumente seu estímulo fiscal ajudou as divisas emergentes, enquanto o euro foi favorecido pela esperança de acordo sobre a saída do Reino Unido da União Europeia, o Brexit.
Amanhã (2), dia em que o mercado doméstico estará fechado com o feriado de Finados, será divulgado o relatório do mercado de trabalho nos Estados Unidos, que pode reforçar a percepção de mais alta de juros no país.
O Banco Central vendeu nesta sessão 13,6 mil contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares. Desta forma, rolou US$ 680 milhões do total de US$ 12,217 bilhões que vence em dezembro. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.