O grupo de energia Total concordou em comprar o negócio de distribuição do Grupo Zema no Brasil e pretende expandir sua atuação no maior mercado de combustíveis da América do Sul, informou hoje (22) a empresa francesa.
LEIA MAIS: Total tem lucro 48% maior no 3º tri
A Zema Petróleo opera uma rede de 280 postos de serviços e instalações de armazenamento de derivados de petróleo e etanol, localizados principalmente nos Estados de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso.
Com o negócio, cujo valor não foi revelado em comunicado, a Total planeja dobrar o número de estações da marca em cinco anos, particularmente no Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, país que também é o segundo maior mercado de biocombustíveis do mundo, destacou a empresa.
“Esta aquisição está alinhada com a nossa estratégia de expansão em grandes mercados em crescimento e nos mercados de biocombustíveis, no âmbito do nosso ‘Climate Roadmap'”, comentou Momar Nguer, presidente de marketing & serviços e membro do Comitê Executivo da Total.
O movimento da companhia se segue ao de outras empresas multinacionais no setor de combustíveis.
A holandesa Vitol adquiriu 50% da empresa de distribuição de combustíveis Rodoil, em outubro, enquanto a suíça Glencore levou 78% da Ale Combustíveis, também neste ano.
VEJA TAMBÉM: Total fecha acordo de US$ 1,5 bi por gás da Engie
Recentemente, o vice-presidente eleito, general Hamilton Mourão, disse que a BR Distribuidora, da Petrobras, poderia ser privatizada.
A Total já opera no país no setor de petróleo, sendo sócia com 20% de participação na área de Libra, a maior reserva petrolífera do país, em parceria com a Petrobras.
A francesa também tem uma aliança estratégica com a estatal brasileira que incluiu a transferência de 35% dos direitos no campo de Lapa, no pré-sal da Bacia de Santos – a área está em produção desde o final de 2016. Além disso, a Petrobras fechou negócio para transferir 22,5% de seus direitos na área de Iara, também no pré-sal.
“Ao entrar no mercado de varejo hoje, a Total também está confirmando seu compromisso de longo prazo com o mercado brasileiro. Impulsionados pela nossa dedicação aos nossos clientes, pretendemos trazer nossos produtos de alta qualidade, excelência operacional e ofertas e serviços inovadores para os clientes brasileiros”, disse Nguer.
Segundo a empresa, a troca de nome nos postos começará em 2019. A aquisição está sujeita à aprovação das autoridades reguladoras.