O México habilitou 26 novos estabelecimentos do Brasil para embarques ao país de carne de aves, basicamente de frango, informou o Ministério da Agricultura brasileiro hoje (19), já projetando uma expansão consistente nas vendas do maior exportador global de carne de frango.
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As unidades habilitadas incluem plantas da BRF e da Seara, controlada pelo grupo de alimentos JBS, segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) informou em nota.
O Ministério da Agricultura disse que a medida representa um aumento de 130% no número de unidades brasileiras aptas a exportar carne de aves à nação da América do Norte, que agora totaliza 46 plantas.
“A expectativa é que a habilitação de novas plantas permita a retomada da tendência de ampliação nas exportações brasileiras de carne de frango para o México”, comentou o secretário de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério, Odilson Silva, no comunicado.
Segundo a ABPA, foram habilitadas plantas do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal, das empresas Coasul, Copacol, Somave, Bello Alimentos, GT Foods, Aurora Alimentos, Frangos Granjeiro, Frangos Pioneiro, Jagua Frangos, Seara, BRF, Nova Araça, Agrosul, Nutriza, São Salvador, Pif Paf, Dip Frangos, Safrio e Vapza.
O presidente da entidade, Francisco Turra, comemorou em nota a autorização para novas unidades e destacou que o mercado mexicano apresentou um “exponencial” crescimento nas importações de carne de frango brasileira ao longo de 2018.
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“A sinalização é de um cenário ainda mais demandante no próximo ano, o que deve influenciar o saldo geral das exportações do Brasil. As novas habilitações mostram, ainda, a confiança do México no sistema brasileiro, o que gera boas expectativas, também, acerca da abertura do mercado à carne suína do Brasil”, afirmou Turra.
O México produz anualmente 3,9 milhões de toneladas de carne de frango e importa mais 640 mil toneladas, ou 13,4% do seu consumo, segundo dados do Ministério da Agricultura. Os principais fornecedores são Estados Unidos, Brasil e Chile.
De janeiro a outubro deste ano, os envios brasileiros dessa proteína ao México somaram US$ 138 milhões, acrescentou o ministério, dizendo que as habilitações foram resultado de missão de auditoria efetuada por autoridades mexicanas em agosto.
O setor de carnes do Brasil teve a imagem arranhada após operações como a Carne Fraca e Trapaça, da Polícia Federal.
Segundo o Ministério da Agricultura, além dos resultados obtidos no que se refere às plantas de carne de frango, está sendo discutida a vinda, ainda em 2018, de outra missão mexicana ao Brasil, desta vez para avaliar a ampliação do número de estabelecimento habilitados a exportar carne bovina termoprocessada.