O dólar voltou a terminar em alta ante o real, corrigindo parte do forte recuo da véspera e com fluxo de saída de recursos, em ambiente de maior busca pelo risco no exterior diante de alívio nos atritos comerciais entre China e Estados e na questão do Brexit.
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A moeda avançou 0,72%, a R$ 3,8802 na venda, depois de terminar a sessão anterior a R$ 3,8524, em queda de 1,74%, a maior perda percentual desde 8 de outubro.
Na mínima, foi a R$ 3,8517 e, na máxima, a R$ 3,8968. O dólar futuro tinha ganho de cerca de 0,60%.
“Caiu muito ontem, não só aqui como lá fora. Mas não duvido que a tendência de queda continue”, disse o diretor da assessoria de câmbio FB Capital, Fernando Bergallo.
Desde a véspera (12), o noticiário mais positivo no mercado internacional favoreceu uma busca de risco pelo mercado, com notícias, por exemplo, sobre a compra de soja dos Estados Unidos pela China, indicando que as negociações comerciais entre os dois países parece estar caminhando de fato, o que mantém as esperanças de que um acordo seja efetivado.
Hoje (13), um porta-voz do Ministério do Comércio chinês disse que os dois países estão em contato próximo nas negociações sobre comércio e que qualquer delegação comercial dos EUA será bem-vinda.
Na lista de notícias favoráveis estavam ainda o voto de confiança que a primeira-ministra britânica, Theresa May, ganhou de seu partido na véspera, mantendo-se no cargo para conduzir o Brexit, e o recuo da Itália, que concordou em reduzir sua proposta de déficit orçamentário de 2019 em conversas com a União Europeia.
O dólar operava com leve alta ante a cesta de moedas e misto ante as divisas emergentes, como ganho o peso mexicano e recuo ante o rublo.
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Um fluxo de saída de recursos também foi citado por alguns profissionais para justificar a alta do dólar ante o real nesta sessão.
“Acredito que a certeza de que a taxa de juros por aqui não deve mudar tão cedo e que ela sobe nos Estados Unidos na próxima semana ajudou a reforçar esse fluxo de saída”, comentou o diretor da Correparti Corretora, Ricardo Gomes da Silva.
Ele se referia ao comunicado do Banco Central sobre a reunião de política monetária na qual manteve a Selic inalterada em 6,5%, do qual retirou a menção de que a política monetária estimulativa começará a ser removida gradualmente.
O BC vendeu nesta sessão 13,83 mil contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares. Desta forma, rolou US$ 6,224 bilhões do total de US$ 10,373 bilhões que vence em janeiro. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final da semana que vem, terá feito a rolagem integral.