A mecânica dos sites de busca muda constantemente, e as empresas que desejam estar à frente precisam estar cientes dessas mudanças. Acompanhar as transformações é parte do meu trabalho há 14 anos, período em que me dedico a posicionar empresas de todo o mundo no topo dos resultados de pesquisas. Agora que 2018 terminou, é hora de descobrir as tendências de SEO em 2019 para ajudar as companhias a planejar suas estratégias digitais.
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Veja, na galeria de imagens a seguir, 5 tendências de SEO para 2019:
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GettyImages 1. Início da indexação móvel
Segundo as estatísticas, em 2018, 52,2% do tráfego online mundial foi gerado por celulares. Em março do ano passado, o Google iniciou a indexação em dispositivos móveis e passou a classificar os sites com base na experiência do usuário de smartphone. Se um canal de vendas online tiver versões para mobile e desktop, o smartphone será indexado. Um website não compatível com dispositivos móveis perde tráfego e força nesse cenário.
Um dos primeiros passos é usar a plataforma de testes para dispositivos móveis do Google e checar se a sua página é otimizada para celular ou não — se o seu site não estiver nos parâmetros, a plataforma informará as etapas que você pode seguir.
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GettyImages 2. Pesquisa por voz
Mais e mais pessoas têm usado dispositivos e assistentes inteligentes como como Alexa e Siri. O que cheirava a ficção científica é agora realidade, com computadores que entendem a fala humana. Em 2019, o SEO de busca por voz vai ganhar peso. A projeção é que 20% das consultas em dispositivos Android e no aplicativo para dispositivos móveis do Google sejam feitas por voz. Portanto, uma empresa precisa empregar o SEO de pesquisa por voz se quiser ter êxito em um recurso promissor.
Se você já usa as práticas recomendadas de SEO, seu site deve estar nos trinques. Ainda assim, é preciso ter em mente alguns pontos importantes.
As pesquisas de voz têm palavras-chave de cauda longa e usam mais expressões de conversação que as pesquisas digitadas em um campo de busca. Elas também têm maior probabilidade de se valer de perguntas. Por exemplo: numa pesquisa por voz, as pessoas podem dizer “Qual o restaurante italiano mais próximo?”, em vez de escrever “Restaurante italiano mais próximo”.
Você pode usar uma ferramenta chamada Resposta ao público para saber como as pessoas elaboram as perguntas com base na sua palavra-chave. É importante saber o que o seu público fala sobre os seus produtos e serviços.
Outra questão: as palavras-chave de cauda longa são mais baratas e têm melhores taxas de cliques do que as curtas. Utilize ferramentas de pesquisa de palavras-chave gratuitas ou pagas para ter uma ideia dos termos populares e obter tráfego qualificado. Para ajudar a aumentar o acesso de alta qualidade, você pode criar uma página de FAQ e dedicar posts de blog para sanar dúvidas dos leitores.
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GettyImages 3. Velocidade da página
O Google quer oferecer a melhor experiência para o usuário. Por isso, desde julho passado o tempo de resposta de uma página se tornou fator de classificação para dispositivos móveis. Use o relatório de velocidade da página para fazer melhorias.
As páginas móveis aceleradas (AMPs) oferecem a melhor experiência ao usuário, carregando 30 vezes mais rápido. Google, Twitter e outras marcas lançaram este projeto de código aberto para tornar as páginas móveis super rápidas.
Ao mesmo tempo, a intenção de uma consulta ainda tem grande peso para o site. Desse modo, uma plataforma mais lenta pode ter boa classificação se o seu conteúdo for relevante e atender bem a uma consulta.
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GettyImages 4. Relevância do conteúdo
As URLs com maior relevância de conteúdo costumam alcançar as primeiras posições nos resultados do Google. Já se não atenderem às expectativas do usuário, dificilmente vão chegar lá. O Google avaliar essa relevância em tempo real.
O segredo não está no tamanho do conteúdo, mas na qualidade e profundidade da abordagem. Textos envolventes e detalhados provavelmente continuarão a dominar em 2019.
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GettyImages 5. Blockchain e IA
Blockchain é a palavra de ordem neste ano. Embora a tecnologia seja mais famosa no campo da criptomoeda, ela tem sido útil em muitos outros setores: em rastreamento de cadeias de suprimento e testes médicos, além de cibersegurança e transformação do espaço de automação de marketing.
O blockchain muda de modo fundamental a forma como os dados são rastreados porque a sua tecnologia usa um registro transparente e seguro, com transações que não podem ser alteradas. Essa mudança dá às pessoas maior controle sobre suas informações e fornece às empresas novas maneiras de usar os dados. Os webmasters exploram maneiras de integrar o blockchain em sites e potencialmente lucrar com isso. A tecnologia também pode ser usada para validar links de entrada.
Não está claro qual será o efeito exato do blockchain no SEO. No entanto, com os experimentos que já vêm ocorrendo, provavelmente veremos alguns dos resultados ainda em 2019.
Um potencial uso de blockchain em SEO é aplicar a tecnologia para garantir tráfego de alta qualidade e impulsionar a colocação nas buscas. Como Jonathan Brown menciona num artigo, os profissionais de marketing poderiam criar campanhas publicitárias para direcionar o acesso de volta às suas páginas de destino, mas com a capacidade de garantir a autenticidade do tráfego de SEO. Se o blockchain fosse integrado ao algoritmo de ranking, ele poderia lidar com hackers de forma mais eficiente.
As empresas também procuram modos de empregar inteligência artificial (IA). O uso da tecnologia pelo Google pode trazer mudanças interessantes. A IA é a base de tudo o que a empresa faz. Eles implementam o aprendizado de máquina no Gmail, reunindo notícias, criando vozes robóticas com sonoridade humana e outras coisas.
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6. Conclusões
Enquanto cresce a importância da pesquisa por celular, os vídeos dominam, passamos a usar a pesquisa por voz e estamos mais atentos à segurança e à proteção dos dados de usuários. A experiência é mais importante que nunca e devemos continuar a criar conteúdo relevante para atender às intenções do público.
Inteligência artificial e blockchain são outros fatores a considerar em 2019, e será interessante ver o impacto que eles poderiam ter sobre SEO. Em 2020, talvez a gente olhe para trás ao final do ano e fique surpresa com o ritmo de mudança.
1. Início da indexação móvel
Segundo as estatísticas, em 2018, 52,2% do tráfego online mundial foi gerado por celulares. Em março do ano passado, o Google iniciou a indexação em dispositivos móveis e passou a classificar os sites com base na experiência do usuário de smartphone. Se um canal de vendas online tiver versões para mobile e desktop, o smartphone será indexado. Um website não compatível com dispositivos móveis perde tráfego e força nesse cenário.
Um dos primeiros passos é usar a plataforma de testes para dispositivos móveis do Google e checar se a sua página é otimizada para celular ou não — se o seu site não estiver nos parâmetros, a plataforma informará as etapas que você pode seguir.