As ações da Sabesp atingiram nesta quarta-feira o maior valor no meio da sessão desde maio do ano passado com comentários do novo governo do Estado de São Paulo em defesa da privatização da companhia estadual de água e saneamento.
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Durante entrevista a jornalistas, o secretário da Fazenda do Estado, Henrique Meirelles, afirmou que o governo de João Doria tem um amplo programa de redução de gastos, algo que inclui entre as primeiras prioridades “o que vai se fazer com a Sabesp”.
Segundo Meirelles, o governo paulista tem duas alternativas, uma privatização da companhia ou uma capitalização da empresa por meio da criação de uma holding que manterá o controle da companhia nas mãos do Estado. A decisão depende de transformação em lei de medida provisória sobre marco regulatório do setor de saneamento do país. A MP, assinada por Temer e publicada em 28 de dezembro, era criticada pela própria Sabesp ao ampliar papel da Agência Nacional de Águas (ANA) sobre o setor.
“Isso (capitalização ou privatização) vai depender da transformação em lei da MP…isso vai gerar resultados bastantes diferentes para o Estado. Na pior hipótese, o avanço da capitalização mantendo o controle no Estado pode gerar para o Estado 4 bilhões de reais e cerca de 1 bilhão para investimentos da própria Sabesp”, disse Meirelles. Ele ressaltou que as estimativas são “bastante preliminares”.
No final de outubro, Doria havia descartado dar sequência aos preparativos para privatização da Sabesp, afirmando na época que preferia ampliar a capitalização internacional da companhia até o limite máximo para manter o controle do Estado sobre a empresa.
Perto do final do pregão, a ação da Sabesp exibia alta de 8,03 por cento, a 34,03 reais. No melhor momento do dia, a ação subiu 10,6 por cento.
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Além da Sabesp, na mira do governo Doria está a privatização do Porto de Santos, maior do país e que atualmente está vinculado ao governo federal. “Nossa posição é pela privatização do porto, que pode ser feita ou não em duas etapas: com estadualização e imediata privatização ou a privatização imediata”, disse Doria.
“(O Porto de Santos) como está não pode ficar. Tem custo elevadíssimo e é alvo de crítica generalizada de todas as empresas que o utilizam para exportar ou importar”, afirmou Doria.
O governo do tucano ainda pretende extinguir a companhia estadual de planejamento rodoviário Dersa, envolvida em denúncias de corrupção levantadas na operação Lava Jato.
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