As ações da mineradora Vale listadas nos Estados Unidos ampliavam perdas e recuavam cerca de 10% após rompimento da barragem da mina de ferro Feijão, o município de Brumadinho (MG), no início da tarde de hoje (25). No Brasil, a bolsa de valores está fechada devido ao feriado municipal em São Paulo, em função do aniversário da cidade.
LEIA MAIS: Barragem da Vale se rompe em Brumadinho, em Minas
A mina Feijão produziu 7,8 milhões de toneladas de minério de ferro em 2017, segundo relatório da Vale, um volume relativamente pequeno perto da produção total da companhia naquele ano (366,5 milhões de toneladas).
O rompimento da barragem atingiu parte da comunidade da Vila Ferteco e a área administrativa da companhia, informou a mineradora. A população local disse ainda que restaurante e oficinas teriam sido soterrados. Ainda não há confirmação se há feridos no local, disse a Vale, após relatos não confirmados dos bombeiros sobre vítimas.
Imagens da TV Record mostraram os bombeiros resgatando ao menos três pessoas da lama. Relatos não confirmados indicam vítimas fatais após o rompimento de barragem de mineração, segundo o Corpo de Bombeiros.
Triste histórico
O caso de Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte, ocorre mais de três anos depois da barragem Fundão, da Samarco, joint venture da Vale e da BHP, ter se rompido em Mariana (MG), matando 19 pessoas e causando o pior desastre ambiental do Brasil.
Informações do órgão ambiental Ibama indicam que a barragem da mina Feijão era menor que a de Fundão: enquanto a primeira tinha 1 milhão de metros cúbicos de rejeitos, a segunda guardava 50 milhões.
O novo rompimento de uma barragem em Minas Gerais, contudo, reacende questões sobre a segurança de tais estruturas. Segundo relatório da Agência Nacional de Águas divulgado no final do ano passado, o número de barragens apontadas como mais vulneráveis subiu de 25 em 2016 para 45 em 2017.