Pieter van der Does, cofundador e CEO da empresa holandesa de pagamentos Adyen, acaba de tornar-se bilionário graças ao salto de 12% das ações da empresa na bolsa de valores ao longo desta semana.
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Aos 49 anos, Van der Does tem 4,8% da empresa e uma fortuna pouco maior do que US$ 1 bilhão. Ele vendeu mais de US$ 53 milhões em ações durante o período de oferta pública da Adyen no ano passado.
Esta não é a primeira vez do executivo no clube dos bilionários. Ele atingiu a casa do bilhão quando as ações chegaram ao pico em julho de 2018. Com a queda posterior dos papéis, ele saiu da lista e, agora, volta a fazer parte dela.
Arnout Schuijff, de 51 anos, diretor de tecnologia e também cofundador da Adyen, tornou-se bilionário no dia em que a empresa passou a ser pública, em junho de 2018. Com 6,4% das ações e mais de US$ 50 milhões recebidos pela venda de papéis na época do IPO, o patrimônio de Schuijff vale aproximadamente US$ 1,4 bilhão.
Schuijff e van der Does trabalham juntos no setor do comércio eletrônico desde 2000, de acordo com Hemmo Bosscher, diretor de comunicação da Adyen. Schuijff e seu irmão, Joost, fundaram a Bibit, outra plataforma eletrônica de pagamentos. Van der Does foi contratado para a equipe de vendas e, depois, promovido ao cargo de líder do departamento comercial. O banco britânico Royal Bank of Scotland comprou a Bibit em 2004 por US$ 100 milhões.
Quando Schuijff decidiu criar a plataforma que posteriormente se tornaria a Adyen, chamou van der Does para liderar as operações de negócios e ser a cara da empresa, permitindo que ele próprio pudesse focar na parte de tecnologia. “Eles fizeram um acordo bem definido quando fundaram a empresa”, explica Bosscher.
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Em 2006, eles estabeleceram a companhia como Adyen, que, na língua do Suriname, significa “começar mais uma vez”. A plataforma foi construída para aceitar uma boa variedade de moedas e opções de pagamentos e já foi adotada por gigantes da indústria da tecnologia, como eBay, Spotify e Netflix.
Em um ano em que muitas empresas de tecnologia registraram desempenhos ruins, a Adyen prosperou. No dia do IPO, suas ações dobraram de preço. A empresa processou US$ 82 bilhões em pagamentos no primeiro semestre de 2018, um salto de 43% quando comparado ao primeiro semestre de 2017. A Adyen também expandiu sua força de trabalho em mais de 25% no ano passado, adicionando quase 200 funcionários à folha de pagamento.
No que diz respeito aos bilionários, os parceiros de negócios são humildes. Schuijff e van der Does ainda andam em suas motos antigas na sede da Adyen em Amsterdã. Van der Does continua com os mesmos hobbies: escalada e montanhismo.
Os empreendedores podem não ser os únicos da Adyen a entrarem para o clube de bilionários. Joost Schuijff, que investiu na empresa, possui uma participação de quase 3% e também vendeu US$ 226 milhões em ações quando a Adyen abriu seu capital. Ele tem uma fortuna, atualmente, de pouco menos de US$ 800 milhões.