Autoridades do governo alemão pediram hoje (7) o endurecimento das leis de segurança de dados após um vazamento de larga escala ter exposto documentos de centenas de políticos, incluindo a chanceler Angela Merkel.
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O líder do opositor Partido Verde afirmou ter cancelado suas contas no Twitter e no Facebook após a violação de dados, uma das maiores já ocorridas na Alemanha.
Stephan Mayer, secretário do Ministério de Interior, disse que as autoridades trabalham contra o relógio para investigar o vazamento de dados e fornecerão mais detalhes durante a semana.
Mayer reiterou que as redes do governo não foram violadas, mas disse que o ministério estava trabalhando para endurecer a cibersegurança da infraestrutura crítica e também fortaleceria o centro federal de cibersegurança, que lidera a investigação atual.
“Um pouco de notícia positiva é que as redes do governo aparentemente não foram afetadas por esse ou esses ataques de hackers. Mas está claro que nós, como governo federal… devemos fazer mais para melhorar a cibersegurança”, afirmou.
No domingo, a polícia alemã fez buscas no apartamento de JanSchuerlein, um funcionário de tecnologia da informação de 19 anos de idade, na cidade de Heilbronn.
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Schuerlein disse no Twitter que estava sendo tratado como testemunha na investigação, dado o seu contato com “0rbit”, o detentor da conta de Twitter usada para publicar os dados e que foi desativada desde então.
Schuerlein afirmou que estava cooperando com a polícia, de acordo com a emissora rbb, que foi a primeira a reportar as buscas no apartamento do jovem. Pouco se sabe sobre o usuário da conta “0rbit”.
Um porta-voz dos promotores recusou-se a comentar as buscas no domingo, mas afirmou que a investigação segue em andamento.
A ministra da Justiça, Katarina Barley, e a coordenadora digital da Alemanha, Dorothea Baer, também pediram nesta segunda-feira controles mais rígidos para mídias sociais após o vazamento de dados, que começou em dezembro, mas inicialmente passou despercebido.
“Um ataque desses deve ser usado como um motivo para examinar muito cuidadosamente se tudo foi feito para obter a melhor segurança de dados possível”, disse Baer ao jornal “Handelsblatt”.
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“É legítimo examinar se os fabricantes de softwares e as plataformas devem ser exigidos a fazer mais para garantir a segurança de dados”, acrescentou ela à publicação, sem entrar em detalhes.
O Twitter não comentou o assunto, e o Facebook se recusou a comentar.