A bolsa paulista fechou em queda hoje (7), encerrando uma sequência de cinco pregões de alta, com movimentos de realização de lucros frustrando mais uma vez a tentativa do Ibovespa de fechar acima dos 92 mil pontos.
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Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,15%, a 91.699,05 pontos. Na máxima, chegou a 92.551,88 pontos. O volume financeiro somou R$ 14,8 bilhões.
Nos últimos cinco pregões, o Ibovespa acumulou alta de 7,88%. Na sexta-feira (4), no melhor momento da sessão, chegou a 92.701,36 pontos.
De acordo com profissionais da área de renda variável, a queda só não foi maior em razão do desempenho das ações da Petrobras, apoiadas no avanço do petróleo e notícia sobre o desfecho da revisão do contrato de cessão onerosa.
O ajuste negativo ocorreu apesar do tom positivo em Wall Street, onde o S&P 500 subia cerca de 0,8% nas horas finais do pregão, com as atenções voltadas para conversas entre Estados Unidos e China sobre a disputa comercial entre os dois países.
A partir desta segunda-feira, o Ibovespa passou a vigorar com nova composição, que valerá até 3 de maio.
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Na visão do especialista em ações da Levante Eduardo Guimarães, consultoria independente de investimentos, a bolsa ainda tem bastante espaço para crescer em 2019.
Além do panorama macroeconômico mais favorável, ele ressaltou que o gráfico do Ibovespa ajustado pela inflação sinaliza que o índice precisa subir mais de 50% para se igualar ao desempenho de 10 anos atrás, enquanto o gráfico do Ibovespa em dólar também mostra o índice fortemente defasado.
Ele calcula que tal ‘ajuste’ levaria o Ibovespa a 138 mil pontos, com ganho de R$ 1,6 trilhão no valor de mercado total das companhias que compõem o índice.
DESTAQUES
– PETROBRAS ON e PETROBRAS PN subiram 3,24% e 1,58%, respectivamente, tendo como pano de fundo a alta do petróleo e reportagem publicada pelo “Valor Pro”, segundo a qual a União pagaria em torno de US$ 14 bilhões à companhia na revisão do contrato que garantiu à petrolífera o direito de explorar seis blocos de petróleo na camada do pré-sal. Em e-mail à Reuters no final da tarde, contudo, o Ministério da Economia disse que não procede a informação. Na máxima, os papéis ON subiram 5,78%, acima de R$ 29.
– LOJAS AMERICANAS PN subiu 3,31$, sendo a maior alta do Ibovespa, tendo como pano de fundo relatório do Bank of America Merrill Lynch, elevando a recomendação dos papéis para ‘compra’ ante ‘underperfom’ e o preço-alvo para R$ 23,50 ante R$ 15.
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– ELETROBRAS ON caiu 5,01%, em um segundo dia de ajustes, após forte valorização entre o final de 2018 e o começo de 2019. Apenas nos dois primeiros pregões deste ano, as ações ON da elétrica de controle estatal acumularam um ganho superior a 20%.
– SUZANO recuou 4,58%, entre as maiores quedas do índice. Analistas do Itaú BBA reiteraram a recomendação ‘outperform’ para a ação, mas reconheceram que o papel enfrentará um período difícil no primeiro trimestre de 2019.
– VALE cedeu 0,54%, revertendo ganhos mais fortes no começo da sessão, quando acompanhou movimento dos preços do minério de ferro na China, após flexibilização da política do banco central chinês e com a esperança de que Pequim e Washington possam fechar um amplo acordo comercial.