O líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, está em visita à China a convite do presidente chinês, Xi Jinping, dias depois de advertir que pode tomar um rumo alternativo se os Estados Unidos não atenuarem as sanções e a pressão contra o país. A visita, confirmada pelas mídias estatais chinesa e norte-coreana, provavelmente levará a uma quarta cúpula entre Kim e Xi nos últimos 12 meses, e acontece em meio a planos para uma segunda cúpula entre Kim e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, visando a desnuclearização da península coreana. No ano passado, Kim realizou três cúpulas com Xi, seu aliado mais importante, antes e depois de reuniões com Trump e com o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in.
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“Kim está ansioso para lembrar o governo Trump de que ele tem opções diplomáticas e econômicas fora o que Washington e Seul podem oferecer”, disse Harry J. Kazianis, diretor de Estudos de Defesa do instituto norte-americano Centro pelo Interesse Nacional, em declaração enviada por e-mail. “Na verdade, durante seu discurso de dia do Ano Novo, o ‘novo jeito’ de Kim, ao qual ele se referiu, pode muito bem ter sido uma ameaça velada de se aproximar de Pequim. Isso deveria preocupar os Estados Unidos.”
Kim partiu para a China em um trem particular na tarde de segunda-feira acompanhado por sua mulher, Ri Sol Ju, e altas autoridades norte-coreanas, incluindo Kim Yong Chol, um importante negociador em conversas com os Estados Unidos, e o ministro de Relações Exteriores, Ri Yong Ho, segundo a agência de notícias estatal da Coreia do Norte, KCNA.
A agência de notícias oficial da China, Xinhua, confirmou que Kim está visitando o país de segunda a quinta-feira a convite de Xi.
Um trem verde com uma faixa amarela, semelhante ao que Kim usou para visitar Pequim no ano passado, chegou a uma estação na capital chinesa na manhã desta terça-feira em meio a forte esquema de segurança, embora não tenha ficado claro se Kim e sua comitiva estavam a bordo. Em seguida, um comboio altamente protegido atravessou o centro de Pequim.
A visita coincide com a data identificada por autoridades sul-coreanas como o aniversário de 35 anos de Kim, nesta terça-feira.
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