O dólar encerrou em queda ante o real hoje (27), em pregão véspera de fechamento da Ptax mensal, com desempenho melhor do que outras moedas emergentes, enquanto investidores seguiram contrabalançando eventos externos e noticiário relacionado à reforma da Previdência.
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A moeda norte-americana recuou 0,38%, a R$ 3,7304 na venda. Na sessão, oscilou entre R$ 3,7491 e R$ 3,7226 na venda. O dólar futuro recuava 0,5%.
O declínio ocorre após o dólar acumular até ontem (26) valorização de 1,68% frente ao real em fevereiro, reduzindo a queda acumulada no ano para 3,37%.
No exterior, o peso argentino também recuou, mas em menor ritmo, enquanto o peso chileno, rublo russo e o peso mexicano perderam valor frente à divisa norte-americana. Em relação a uma cesta de moedas, o dólar mostrava leve acréscimo.
Agentes de mercado veem uma pauta econômica positiva para o país, mas não descartaram complicações oriundas da articulação política necessária para que a agenda avance, bem como acompanham desdobramentos no exterior com potencial efeito na direção global da moeda norte-americana.
Nesse contexto, comentários de líderes governistas de que não está aberta a negociação a economia de R$ 1 trilhão, como prevê a proposta apresentada ao Congresso Nacional, endossam receios sobre dificuldades nas negociações tanto na Câmara dos Deputados como no Senado.
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O governo está em ofensiva para se aproximar das bancadas e líderes, uma vez que entende que ainda não tem votos suficientes para a aprovar a reforma, mas o mercado aguarda progressos efetivos.
Do exterior, declaração do representante de Comércio dos EUA de que as questões com a China são “sérias demais” para serem resolvidas apenas com promessas de novas compras esfriaram o ânimo sobre as negociações comerciais entre os dois gigantes econômicos, em sessão também contaminada pela escalada nas tensões entre Paquistão e Índia na região da Caxemira
Ao mesmo tempo, porém, o chair do Federal Reserve, Jerome Powell, afirmou que vai parar de reduzir sua carteira de US$ 4 trilhões neste ano, encerrando um processo que investidores afirmam que trabalha em conjunto com a atual pausa na elevação dos juros dos Estados Unidos.
O Banco Central colocou nesta quarta-feira os 10,28 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, que restavam para concluir a rolagem de US$ 9,811 bilhões que vencem em março.
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O BC também vendeu integralmente a oferta de US$ 3 bilhões em leilão de linha – com compromisso de recompra –, com objetivo de rolagem parcial de um total de US$ 6,05 bilhões com vencimento em março.
O Morgan Stanley publicou relatório nesta quarta-feira citando pesquisa com cerca de 100 clientes brasileiros e estrangeiros que veem a moeda brasileira mais forte, com a cotação do dólar a R$ 3,60 até o final do ano, sendo que os estrangeiros se mostraram um pouco mais otimistas.
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