O dólar sobe levemente ante o real no início do pregão de hoje (11), com investidores buscando a segurança da divisa norte-americana em meio à cautela no exterior diante de possibilidade de nova paralisação do governo dos Estados Unidos e da incerteza nas negociações comerciais entre EUA e China.
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Às 10h47, a moeda norte-americana avançava 0,18%, a R$ 3,7407 na venda, após fechar na sexta-feira (8) com alta de 0,63%, a R$ 3,7340. O dólar futuro tinha alta de 0,25%.
“O comportamento da moeda está relativamente tranquilo neste pregão. No cenário externo, de uma maneira conturbada, volta a haver ruído com relação à paralisação no governo dos Estados Unidos”, afirmou o economista-sênior do Banco Haitong, Flávio Serrano.
Era esperado que democratas e republicanos chegassem a um acordo sobre a segurança na fronteira com o México até hoje, dando tempo para que a legislação tramitasse na Câmara e no Senado e fosse assinada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, antes de sexta-feira (15), quando expira o prazo de financiamento para o Departamento de Segurança Interna e outras agências do governo federal.
Em relação às negociações comerciais, Estados Unidos e China deram início nesta segunda-feira a mais uma rodada de discussões, com autoridades norte-americanas em visita a Pequim.
Crescem as preocupações de que as conversas podem não encerrar a disputa comercial entre as duas maiores economias do mundo, uma vez que representantes dos EUA pressionarão a China a alterar o tratamento à propriedade intelectual das empresas do país.
Há uma expectativa de que os países prorroguem o prazo de 1º de março, quando está programado um aumento das tarifas dos EUA sobre produtos chineses.
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O mercado também segue atento para novas sinalizações sobre desaceleração na economia global. O crescimento econômico do Reino Unido atingiu em 2018 o pior nível desde 2012, impactado por incertezas ligadas ao Brexit, outro ponto que segue sendo monitorado.
Do lado doméstico, participantes do mercado estão em compasso de espera sobre a reforma da Previdência até que o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, se recupere e deixe o hospital depois da cirurgia de reversão da colostomia.
A avaliação é a de que, enquanto Bolsonaro não retornar a Brasília, não deve haver avanços no que diz respeito à reforma, mas o mercado monitora qualquer nova informação sobre o teor do texto.
“O mais importante são os anúncios oficiais, mas o mercado monitora tudo, qualquer informação pertinente à reforma pode ter um impacto”, afirmou Serrano.
Após um viés mais otimista com relação à Previdência no fim de janeiro e início de fevereiro, na semana passada o mercado calibrou apostas e passou a trabalhar com tal percepção, somado à possibilidade de que a matéria não tramitará na rapidez esperada antes.
O Banco Central realiza hoje leilão de até 10,33 mil swaps cambiais tradicionais, correspondentes à venda futura de dólares para rolagem do vencimento de março, no total de US$ 9,811 bilhões.