O “New York Times” superou expectativas de lucro e receita nos últimos três meses do ano passado, apoiado na adesão de 265 mil assinantes digitais, maior salto trimestral desde o período após as eleições de 2016.
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O veículo de comunicação afirmou que agora projeta ter 10 milhões de assinantes em 2025 ante 4,3 milhões atualmente.
As ações do jornal de 167 anos disparavam quase 11% hoje (6) após os resultados.
A receita da companhia com publicidade digital subiu 22,8%, para US$ 103,4 milhões no trimestre, enquanto a receita com publicidade impressa caiu 10,2%.
Contra uma onda de companhias de mídia digital como “Vice Media” e “BuzzFeed”, que decidiram demitir pessoal para reduzir custos, o presidente-executivo do “NYT”, Mark Thompson, afirmou que o jornal vai investir mais, e não menos, em reportagem. “Como vamos fazer para cumprir com este objetivo? Em primeiro lugar, com jornalismo”, disse Thompson.
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A receita dos produtos de assinatura digital do jornal subiu 9,3% no trimestre, para US$ 105,3 milhões no trimestre.
O lucro líquido atribuível aos acionistas foi de US$ 55,2 milhões, ou US$ 0,33 por ação, ante um prejuízo líquido de US$ 56,8 milhões, ou US$ 0,35 por papel, um ano antes, quando a empresa registrou encargos relacionados à reforma tributária nos EUA e acordos de pensão.
A receita total do “NYT” subiu para US$ 502,7 milhões, de US$ 484,1 milhões um ano antes.
Analistas, em média, esperavam lucro de US$ 0,28 por ação e receita de US$ 477 milhões, segundo a IBES Refinitiv.