Entre os fatores que ajudam uma startup a alcançar o sucesso estão o otimismo e o entusiasmo de seus fundadores. Se não estiverem sob controle, esses estados de espírito podem levar ao fracasso da empresa. Em excesso, eles fazem com que os empreendedores coloquem as ideias em prática, mas sem um planejamento apropriado. A falta de organização pode se apresentar como um obstáculo na hora de arrecadar fundos, solicitar subsídios e contratar novos talentos.
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Ao trabalhar com startups durante muitos anos – e também ao atuar como empresário -, eu percebi que começar com o plano correto é um dos passos mais importantes para construir uma empresa bem-sucedida, tanto na indústria da tecnologia quanto em qualquer outra.
Veja, na galeria de fotos abaixo, um guia de planejamento de alto nível com seis dicas para quem está começando nos negócios:
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Getty Images Não comece a desenvolver produtos tão cedo
Comece pela ideia, mas, antes de começar a desenvolver os produtos, elabore um plano de ação que mapeie toda a sua jornada nos negócios. Esse plano deve começar com a descoberta de um cliente e, em seguida, passar para o planejamento de negócios. Também deve prever uma boa análise de financiamento, preços e modelos econômicos. Essa costuma ser a etapa mais difícil de todo o processo, porque pode ser preciso que os fundadores critiquem as próprias ideias e façam uma análise de pontos fortes e fracos, oportunidades e ameaças. O resto do plano de ação está sujeito à mudança de acordo com o desenvolvimento da empresa, mas é bom ter uma visão clara de como as coisas funcionarão.
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Getty Images Obtenha conselho jurídico e financeiro
Quando tiver seu caminho mapeado, você deve começar a obter conselhos com relação a estratégias jurídicas e de planejamento tributário adequadas. Existem escritórios de advocacia que oferecem um serviço especial para startups, mas garanta que escolheu um competente. Recomendo também ter um contador para conselhos financeiros, já que os profissionais da área costumam ter um bom conhecimento de planejamento tributário. Sua estratégia de negócios deve levar em conta seguros, permissões, estratégia de propriedade intelectual, patentes, estrutura da empresa e documentação. Essa última parte inclui contratos necessários para funcionários, documentos de proteção à propriedade intelectual, acordos de confidencialidade e acordos de vendas ou locação, além de cargos de assessoria e diretoria. Também deve haver um documento (ou uma constituição) com diretrizes cuidadosamente elaboradas para a empresa.
Neste ponto, você estará pronto para começar a pensar em estrutura corporativa, planejar doações e incentivos fiscais, criar relacionamentos com acionistas da indústria e universidades e desenvolver produtos.
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Getty Images Mantenha-se organizado
Eu recomendo que você assine um serviço de data room (para armazenar dados), arquive e organize eletronicamente todos os documentos da empresa. Usar um software de gerenciamento de projetos e tarefas, como o Jira ou o Trello, também pode ser fundamental para manter o negócio organizado.
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Getty Images Forme um conselho consultivo
Se você chegou até aqui, está na hora de procurar pessoas que possam contribuir para a empresa, formando um conselho consultivo. É importante escolher especialistas nas áreas em que você mais precisa de conselhos. Além disso, eu recomendo evitar escolher pessoas que não oferecem críticas construtivas. Bons profissionais são aqueles que têm conhecimento direto sobre a sua indústria e que possuem diversos contatos. Você também deve garantir que seus conselheiros tenham habilidades complementares – em vez de semelhantes – às suas.
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Getty Images Crie uma estratégia de patente
Empresas com uma propriedade intelectual valiosa também devem planejar uma estratégia de patentes, que seja bem equilibrada entre manter segredos comerciais e registrar um número adequado de patentes. Uma estratégia forte analisa o cenário competitivo e também qual propriedade intelectual deve ser patenteada em quais jurisdições. Um estrategista de patentes é diferente de um advogado de patentes, portanto, certifique-se de ter ambos em sua equipe.
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Getty Images Planeje sua “saída” em potencial
Nunca é cedo demais para contratar um banqueiro de investimentos que possa ajudá-lo a levantar fundos ou um profissional que possa ajudá-lo a planejar a saída – ou seja, vender a startup para uma empresa maior. Uma saída de algum tipo pode ser necessária para criar liquidez, se não for possível pagar seus investidores após começar a levantar fundos. Saídas podem incluir fusões, aquisições, ofertas públicas e aquisições reservas. É importante escolher a saída certa, pois a abordagem errada pode ser uma armadilha para levar sua empresa ao próximo estágio de crescimento. Ofertas públicas, por exemplo, podem dar uma ótima visibilidade e um maior acesso a fundos, mas fazem com que a empresa esteja mais vulnerável à especulação de investidores. Uma transação privada, como uma fusão ou uma aquisição, pode ser benéfica para empresas que precisam criar liquidez, e as empresas também podem se beneficiar da experiência de uma companhia mais madura.
Alguns fundadores têm recursos suficientes e escolhem ter controle total do negócio, desenvolvendo-o por conta própria, o que também é uma boa opção.
Não comece a desenvolver produtos tão cedo
Comece pela ideia, mas, antes de começar a desenvolver os produtos, elabore um plano de ação que mapeie toda a sua jornada nos negócios. Esse plano deve começar com a descoberta de um cliente e, em seguida, passar para o planejamento de negócios. Também deve prever uma boa análise de financiamento, preços e modelos econômicos. Essa costuma ser a etapa mais difícil de todo o processo, porque pode ser preciso que os fundadores critiquem as próprias ideias e façam uma análise de pontos fortes e fracos, oportunidades e ameaças. O resto do plano de ação está sujeito à mudança de acordo com o desenvolvimento da empresa, mas é bom ter uma visão clara de como as coisas funcionarão.
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