O dólar fechou hoje (20) no menor nível desde o fim de fevereiro, diante do tom “dovish” (suave) do banco central norte-americano, que abandonou o cenário de altas de juros nos EUA neste ano.
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A moeda norte-americana ainda desacelerou a queda, após o governo brasileiro revelar previsão de ganho fiscal líquido de R$ 10,45 bilhões com mudanças nas regras previdenciárias para militares.
O dólar à vista fechou em queda de 0,61%, a R$ 3,7661 reais na venda. É o menor nível desde 28 de fevereiro, quando terminou a R$ 3,7531. Na B3, a referência do dólar futuro cedia 0,57%, para R$ 3,7690.
O Federal Reserve sinalizou que não promoverá mais altas de juros em 2019, afirmou que a desaceleração da redução de seu balanço começará em maio, classificou a inflação como “fraca” e rebaixou as estimativas de crescimento dos EUA, mas melhorou o cenário para o mercado de trabalho no longo prazo.
Para analistas, essa é a melhor combinação para emergentes, uma vez que traça um cenário de economia norte-americana ainda firme, mas não a ponto de exigir altas de juros. Isso tende a aumentar a atratividade de ativos emergentes, o que explica a melhora de ativos de risco no mundo após a decisão do Fed.
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Com a perspectiva de que os juros norte-americanos não subam neste ano, o diferencial de taxas entre Brasil e EUA deve parar de cair, evitando que a taxa de câmbio de equilíbrio se deprecie ainda mais. A expectativa também é que no Brasil o Copom evite novas quedas de juros neste ano.
O declínio da Selic desde outubro de 2016 – quando estava em 14,25% ano – até a mínima de 6,5% é citado por especialistas como relevante na queda do real, que desde então recuou 15,9% ante o dólar em termos nominais.
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