O dólar tem leves variações ante o real hoje (8) com investidores de olho nas articulações políticas ligadas à reforma da Previdência, após pesquisa Datafolha divulgada ontem (7) mostrar má avaliação do governo Bolsonaro nos primeiros 100 dias de mandato.
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Às 10h42, a moeda norte-americana à vista oscilava em torno da estabilidade, a R$ 3,8730 na venda.
Na sexta-feira (5), o dólar fechou com avanço de 0,40%, a R$ 3,8730 na venda. Na semana passada, acumulou queda de 1,1%. O dólar futuro tinha variação negativa de 0,1%.
“Falta notícias, também não houve nada de excepcional no mercado externo e aqui no interno estamos esperando a reforma da Previdência”, avaliou o diretor de câmbio do Banco Paulista, Tarcísio Rodrigues.
Hoje, os investidores voltam o foco para negociações ligadas à reforma previdenciária, monitorando encontros de autoridades do governo com parlamentares e lideranças partidárias, o que deve se prolongar ao longo da semana.
Nesta segunda-feira, o presidente Jair Bolsonaro se reúne com o ministro da Economia, Paulo Guedes, às 15h. Ambos seguem depois juntos para uma cerimônia.
Em seguida, Guedes participa de evento organizado pelos jornais “O Globo” e “Valor Econômico” sobre os 100 primeiros dias de governo ao lado do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
No que diz respeito aos 100 primeiros dias de governo, um terço dos brasileiros avaliam que Jair Bolsonaro é ruim ou péssimo, mostrou uma pesquisa Datafolha divulgada no domingo, na pior avaliação para o período de um presidente em primeiro mandato desde a redemocratização do país.
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Para agentes financeiros, a avaliação de governo não traz implicações para o câmbio, uma vez que a reforma da Previdência está avançando a despeito dos entreveros políticos. “Não houve nada que pudesse comprometer, ou algo parecido. Claro que se continuar nesse ritmo de as coisas ficarem muito atravessadas, o Bolsonaro falar demais, não é bom”, avaliou Rodrigues.
Ele ponderou, no entanto, a existência de um ceticismo mais persistente com relação ao governo, o que fica visível na ausência de capital estrangeiro no mercado brasileiro.
No exterior, a agenda do dia deve ser tranquila antes de uma semana mais movimentada, com investidores aguardando notícias ligadas às negociações comerciais entre Estados Unidos e China, que devem ser retomadas na próxima semana, e também tendo o Brexit no radar.
Na quarta-feira (10), o Banco Central Europeu (BCE) se reunirá, enquanto o Federal Reserve divulgará a ata de sua última reunião de política monetária.
O Banco Central realiza nesta sessão leilão de até 5,350 mil swaps cambiais tradicionais, correspondentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento de maio, no total de US$ 5,343 bilhões.
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