O dólar tinha leves variações ante o real na manhã de hoje (9), com participantes do mercado em compasso de espera pela apresentação do parecer sobre a reforma da Previdência pelo relator na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ).
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Às 10:38, a moeda norte-americana avançava 0,28%, a R$ 3,8599 na venda. Na véspera, a divisa norte-americana caiu 0,62%, a R$ 3,8491, menor fechamento desde 21 de março. O dólar futuro tinha alta de cerca de 0,3%.
A CCJ se reúne às 14h30, quando o relator, deputado Delegado Marcelo Freitas (PSL-MG), deve apresentar um parecer favorável à admissibilidade da reforma da Previdência.
“O evento será um termômetro importante do apoio à pauta, sobretudo depois das discussões entre governo e Congresso na semana passada”, avaliou a equipe de economistas da XP Investimentos.
Nesta terça-feira, autoridades do governo, como o presidente Jair Bolsonaro, ministros e os presidentes das Casas do Congresso, participam de evento sobre municípios em Brasília.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu a reforma da Previdência e disse ter certeza que o Congresso aprovará projeto que será “marco histórico”.
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Na véspera, Maia afirmou que pautará a reforma da Previdência quando o governo considerar que tem votos e que a data não tem importância, e sim a economia a ser gerada, mas reiterou seu distanciamento da articulação política.
Também na terça-feira, o ministro da Economia, Paulo Guedes, insistiu na economia de R$ 1 trilhão em 10 anos com a proposta, mas indicou saber que esse valor pode não ser alcançado no texto que vier a ser aprovado no final.
Guedes também negou que pretende assumir a articulação da reforma no Congresso, alegando não ter temperamento para isso, e reconheceu as dificuldades do governo nessa área.
Em geral, a percepção de agentes financeiros sobre a Previdência é de mais tranquilidade quando comparado com as últimas semanas, mas ainda não há fatores que encorajem investidores a deixarem de lado posições mais defensivas.
“Tirou um clima mais tenso que prevaleceu nas últimas duas semanas, com as brigas entre Executivo e Legislativo. Mas ainda é um cenário de muito risco, é normal o mercado ainda permanecer cauteloso”, avaliou o economista da Tendências Consultoria, Silvio Campos Neto.
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Ainda do panorama doméstico, o mercado traz no radar reunião, prevista para após o fechamento do mercado, que decidirá detalhes do acordo da União com a Petrobras no Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), e que também definirá o modelo para o megaleilão dos excedentes do contrato da cessão onerosa.
No exterior, moedas emergentes avançavam frente a um dólar fraco, abalado por uma combinação de dados econômicos fracos nos Estados Unidos e ganhos de moedas ligadas a commodities.
O Banco Central realiza nesta sessão leilão de até 5,350 mil swaps cambiais tradicionais, correspondentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento de maio, no total de US$ 5,343 bilhões.
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