Resumo:
- Dispositivos de alto rendimento tendem a ser mais caros, mas as diferenças com os aparelhos anteriores devem justificar o aumento;
- Carregamento reverso, sensores adicionais da câmera, displays flexíveis, baterias grandes e biometria aprimorada são algumas possibilidades;
- Ter novamente entradas para fones de ouvido e memória expansível ajudariam a convencer os consumidores a pagarem mais;
- Facilidades para o conserto do celular melhoram a vida útil do aparelho de quem não pode trocar de celular a cada ano.
É provável que a OnePlus anuncie um novo dispositivo “pro” para a sua família de smartphones top de linha quando lançar o OnePlus 7, no próximo mês. No entanto, isso também pode significar um preço mais alto. Então, o que a OnePlus, uma empresa que se definiu em termos de acessibilidade financeira, pode fazer para convencer os consumidores a gastar esse dinheiro extra em um dispositivo mais caro do que seu OnePlus 7 padrão?
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Todos os recursos
As versões “pro” ou “plus” normalmente significam que os dispositivos são maiores, mas tecnicamente semelhantes. A OnePlus – e outros fabricantes – devem mudar isso no futuro. Variantes adicionais devem ter diferenças claras entre os dispositivos e uma oportunidade de experimentar (e testar) os recursos futuros e alterações de design.
Os rumores sugerem que a OnePlus pode realmente fazer isso ao substituir o tear drop que abriga a câmera frontal por um módulo pop-out que sai da parte superior do dispositivo. Esse tipo de atitude experimental é ótima, mas há muito mais que a empresa chinesa poderia fazer.
Carregamento reverso, sensores adicionais da câmera, displays flexíveis, baterias grandes, biometria aprimorada e muitos outros recursos são destaque. Se você vai cobrar mais – significativamente mais – por um smartphone de primeira linha, ofereça mais às pessoas.
Por que não usar a versão “pro” para trazer de volta alguns recursos favoritos dos usuários, como o fone de ouvido e o armazenamento expansível também? Talvez até mesmo as baterias substituíveis ou, melhor ainda, a liberdade de trocar a bateria do seu telefone.
Consertos x atualização
Se o iminente flexgate da Samsung não é um sinal da importância de tornar os dispositivos mais fáceis de consertar, então não sei o que é.
Como eu disse, a OnePlus se posiciona como uma marca menosprezada pela comunidade que desafia os grandes players a inovarem no design. O quão possível é consertar um dispositivo deve ser uma grande parte dessa equação.
As peças de reposição para o 6T estão praticamente alinhadas com seus concorrentes, e o iFixit deu ao modelo uma revisão de conserto decente (ressaltando que a tela é particularmente difícil de substituir), então a empresa ainda tem muito o que fazer.
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Tornar um telefone mais fácil de consertar significa incluir os homebrews – softwares não-oficiais no processo de design -, mas também fornecer (ou disponibilizar) ferramentas, guias e montar uma comunidade de reparos. Tudo isso é totalmente possível, a questão é como isso afeta a linha. O conserto feito por pessoas, em vez de atualizações, é uma tendência que ameaça os fabricantes de celulares, que dependem de novas vendas de dispositivos a cada 12 meses.
Mas permanecer mais tempo com os celulares é uma tendência, e eu duvido que isso mude enquanto os valores continuarem a ultrapassar os US$ 1.000. A OnePlus pode ser a primeira a dar um salto e ficar conhecida por tomar uma decisão favorável ao consumidor: permitir que as pessoas consertem seus próprios telefones com facilidade.
Há também uma chance de que haja um fluxo adicional de receita com kits, ferramentas e atualizações modulares. O conserto de dispositivos não precisa significar o fim das atualizações, mas sim a descoberta de uma nova maneira de vender para um grupo que provavelmente não fará um upgrade.