A China acusou hoje (24) o secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, de fabricar rumores após ele ter dito que o presidente executivo da chinesa Huawei Technologies Co Ltd estava mentindo sobre os laços de sua empresa com o governo de Pequim. Os EUA colocaram a Huawei em uma lista negra comercial na semana passada, proibindo empresas norte-americanas de fazerem negócios com a maior fabricante de redes de telecomunicações do mundo e intensificando a batalha comercial entre os dois países. A Huawei tem negado repetidamente ser controlada pelo governo, pelas forças militares ou por serviços de inteligência da China.
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Ontem, Pompeo também minimizou as afirmações do CEO da Huawei, Ren Zhengfei, de que sua empresa nunca vai compartilhar segredos dos usuários, e disse acreditar que mais empresas dos EUA cortarão os laços com a gigante de tecnologia.
“Recentemente, alguns políticos dos EUA fabricaram continuamente rumores sobre a Huawei mas nunca produziram a evidência clara que os países pediram”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lu Kang, quando questionado sobre as declarações de Pompeo.
Lu disse que o governo dos EUA está provocando suspeitas no povo norte-americano para confundir e instigar oposição. “Internamente nos EUA existem mais e mais dúvidas sobre a guerra comercial que o lado dos EUA tem provocado com a China, a turbulência no mercado causada pela guerra tecnológica e cooperação industrial bloqueada”, completou. Os políticos dos EUA continuam a “fabricar mentiras para tentar enganar o povo norte-americano, e agora estão tentando incitar oposição ideológica.”
O presidente dos EUA, Donald Trump, também disse ontem que as reclamações do país contra a Huawei podem ser resolvidas dentro da estrutura do acordo comercial entre EUA e China, enquanto ao mesmo tempo chamou a gigante de telecomunicações de “muito perigosa”.
Lu disse não saber do que Trump estava falando. “Sinceramente, eu na verdade não estou certo qual é o significado específico do líder dos EUA, do lado dos EUA, ao dizer isso”, afirmou ele, acrescentando que se os repórteres estiverem interessados devem pedir aos EUA que esclareçam.