O dólar teve a maior queda ante o real em mais de um mês hoje (8), um dia depois de superar a marca dos R$ 4.
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O ambiente externo menos arisco, sinais de maior esforço do governo em torno da reforma da Previdência explicaram a queda.
O real teve o melhor desempenho entre 33 pares do dólar na sessão. A moeda norte-americana à vista caiu 0,91%, a R$ 3,9332 na venda, maior baixa desde 1º de abril (-1%). Na mínima, a cotação recuou a R$ 3,9261, queda de 1,09%. Na B3, a referência do dólar futuro perdia 0,97% no fim da tarde.
Investidores acompanharam a participação do ministro da Economia, Paulo Guedes, em audiência da comissão especial da Câmara dos Deputados sobre reforma previdenciária. O maior envolvimento do presidente Jair Bolsonaro para conquistar mais votos para a proposta reverberou no mercado.
Na véspera, o Bolsonaro aceitou recriar os ministérios das Cidades e Integração Nacional, o que foi entendido como um afago ao Centrão.
“Estamos longe de achar que vão aprovar a reforma logo, mas esses movimentos deram ao mercado a impressão de que o governo está realmente mais engajado na articulação política”, disse Thiago Silencio, operador de câmbio da CM Capital Markets.
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Analistas aguardam agora sinais do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que anunciará em breve sua decisão para a Selic. A expectativa é que a taxa seja mantida em 6,50%, mas alguns analistas voltaram a citar chances de corte da taxa nos próximos meses.
Em outubro de 2016, a Selic estava em 14,25% ao ano. O tombo de 775 pontos-base na taxa básica desde então é citado por profissionais do mercado como um dos fatores para a desvalorização cambial de 19,4% do período, uma vez que reduziu o diferencial de retornos entre o Brasil e o mundo, deixando o mercado local menos atrativo para fluxo estrangeiro.
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