O dólar avançava cerca de 1% ante o real na manhã de hoje (13) e operava perto do patamar de R$ 4 diante da aversão ao risco no exterior, com uma escalada das tensões entre China e Estados Unidos após Pequim anunciar plano de retaliar o aumento tarifário de Washington.
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Às 10:29, a moeda norte-americana avançava 0,94%, a R$ 3,9814 na venda. Na máxima, o dólar chegou a R$ 4,0054. A última vez que a moeda atingiu a casa de R$ 4 havia sido em 7 de maio. Na sexta-feira (10), a moeda norte-americana caiu 0,24%, a R$ 3,9443 na venda, mas na semana a cotação subiu 0,13%, na quinta semana consecutiva de alta. O dólar futuro tinha alta de 0,75% neste pregão.
Pequim anunciou por meio de comunicado nesta manhã que planeja elevar de 5% a 25% as tarifas sobre US$ 60 bilhões em produtos importados dos EUA, com a taxa entrando em vigor em 1º de junho.
A medida anunciada pelos chineses nesta segunda-feira endossa o sentimento de que a possibilidade de um acordo comercial pode ter se esvaído, uma vez que nenhuma das duas partes parece disposta a ceder.
Além da elevação das tarifas sobre 200 bilhões de dólares em produtos chineses, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou que o representante de Comércio dos EUA, Robert Lighthizer, comece a impor tarifas sobre as demais importações chinesas, o que inclui cerca de outros 300 bilhões de dólares em produtos.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês havia afirmado mais cedo que a China nunca vai se render à pressão externa.
A leitura de que as tarifas devem durar por um longo período “acaba por penalizar o sentimento de investidores, que acabam – cada vez mais – a optar por posições mais defensivas enquanto busca-se compreender os efeitos de uma guerra comercial dessa magnitude, inclusive com a possibilidade de se tornar a ‘nova normal'”, avaliou a corretora H.Commcor, em nota.
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Do lado doméstico, que fica como pano de fundo neste pregão, participantes do mercado seguem monitorando avanços na tramitação da Previdência, que atualmente se encontra na comissão especial da Câmara dos Deputados, e o noticiário político em geral.
Nesta tarde, o presidente Jair Bolsonaro se reúne com o ministro da Economia, Paulo Guedes. No domingo, o presidente prometeu corrigir a tabela do Imposto de Renda pela inflação neste ano, um dia depois de dizer que é preciso aprovar a reforma da Previdência “sem tantas modificações para que o mercado ganhe a confiança no Brasil”.
O Banco Central realiza nesta sessão leilão de até 5,05 mil swaps cambiais tradicionais, correspondentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento de julho, no total de US$ 10,089 bilhões.
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