O dólar fechou em alta hoje (6), mas perdeu força em relação à máxima do dia, após ter chegado a superar R$ 3,97 diante do aumento das incertezas comerciais entre China e EUA.
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No fim do pregão, o dólar interbancário subiu 0,48%, a R$ 3,958 na venda. Na máxima, a cotação marcou R$ 3,9753, alta de 0,92%. Na B3, o dólar futuro subia 0,49%.
O movimento seguiu os mercados internacionais, conforme investidores buscaram a segurança da moeda norte-americana em meio à escalada do embate tarifário entre as duas maiores economias do mundo.
Ao longo do dia, o nervosismo global diminuiu, o que ajudou a moeda norte-americana no Brasil a abandonar as máximas.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou nesta segunda-feira a China devido a suas práticas comerciais, dizendo que os EUA estão perdendo bilhões de dólares para Pequim e prometendo proteger o comércio norte-americano.
No domingo (5), Trump havia dito que elevaria as tarifas sobre US$ 200 bilhões em produtos chineses, intensificando as disputas entre Pequim e Washington em meio à expectativa de que as negociações continuem nesta semana.
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Do lado doméstico, analistas dizem que fatores técnicos seguem pressionando o real.
Athanasios Vamvakidis, estrategista de câmbio do BofA, disse que o mercado registrou uma “cruz dourada” recentemente – quando a média móvel de 50 dias ultrapassa a de 200 dias, indicador técnico de compra de dólares.
“Embora desejemos fazer mais observações para considerar o sinal, achamos que, tecnicamente, essa ocorrência ampara o viés de alta do dólar”, afirmou Vamvakidis em nota. Oficialmente, o BofA estima dólar a R$ 3,60 no fim de 2019.
Karen Jones, analista do alemão Commerzbank, afirmou que apenas a queda do dólar para baixo de R$ 3,74 levaria o banco a adotar visão tecnicamente favorável ao real. “Apenas isso traria de volta ao radar as taxas de R$ 3,67 do fim de janeiro, início de fevereiro”, completou.
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