A Huawei continuará oferecendo suporte a seus smartphones e tablets, disponibilizando atualizações de segurança e serviços, após o Google ter bloqueado a empresa de atualizações no sistema operacional Android.
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Mas a empresa de tecnologia chinesa não disse hoje (20) o que acontecerá com novos modelos da companhia, que dificilmente terão acesso aos serviços populares do Google, incluindo o Gmail, o YouTube e os mapas, a menos que uma licença especial seja obtida. O governo dos Estados Unidos incluiu a Huawei em uma lista negra que torna difícil para empresas fazerem negócios com companhias norte-americanas.
Os dispositivos da Huawei na China usam um sistema operacional personalizado baseado em código aberto Android, mas não incluem o acesso a quaisquer serviços do Google, que são proibidos na China. Mas as restrições do Google vão prejudicar o apelo global da Huawei.
“A Huawei continuará a fornecer atualizações de segurança e serviços pós-venda para todos os produtos smartphones e tablets Huawei e Honor, cobrindo aqueles que foram vendidos e que ainda estão em estoque globalmente”, disse um porta-voz da Huawei por e-mail.
“Continuaremos a construir um ecossistema de software seguro e sustentável”, afirmou a Huawei, que aspira superar a Samsung para ser a maior fabricante de smartphones do mundo.
“Como um dos principais parceiros globais do Android, trabalhamos de perto com sua plataforma de código aberto para desenvolver um ecossistema que beneficiou usuários e a indústria”, acrescentou.
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Quase metade dos 208 milhões de telefones que a Huawei vendeu em 2018 foi para fora da China continental, e a Europa é o mercado externo mais importante, com 29% de participação no mercado no primeiro trimestre de 2019, segundo a IDC.
A perda do Google provavelmente custaria à Huawei todas as suas vendas de smartphones fora da China, já que “a compra de dispositivos agora é quase totalmente impulsionada pelo ecossistema”, disse Richard Windsor, analista do setor.
“A Huawei não perderá acesso ao próprio Android, que é de código aberto, mas os dispositivos Android fora da China devem oferecer acesso aos serviços do Google para ter qualquer perspectiva de serem vendidos”, acrescentou Windsor.
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