A Suzano teve prejuízo líquido de R$ 1,23 bilhão no primeiro trimestre, revertendo ganho obtido um ano antes, com impacto de aumento do resultado financeiro negativo e queda nas vendas de celulose e papel.
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A companhia afirmou no balanço que o resultado financeiro do período ficou negativo em R$ 1,94 bilhão após prejuízo de R$ 427 milhões no primeiro trimestre do ano passado. Pesou na conta as operações para incorporação da rival Fibria e também variações cambiais.
A Suzano apurou geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de R$ 2,76 bilhões, queda de 18% na comparação anual.
Analistas esperavam, em média, Ebitda de R$ 2,63 bilhões para o período, segundo dados da Refinitiv. Não ficou imediatamente claro se os números são comparáveis.
A empresa, maior produtora de celulose de eucalipto do mundo que divulgou mais cedo que vai cortar produção para lidar com excesso de estoques globais do insumo, teve queda de 27,2% no volume de vendas do primeiro trimestre sobre um ano antes.
“Nosso objetivo é gerar mais valor no longo prazo e, para isso, temos sido consistentes em nossa estratégia comercial, de forma a contribuirmos para uma menor volatilidade de preços no mercado”, disse o presidente-executivo da Suzano, Walter Schalka em comunicado à imprensa.
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Segundo a Suzano, o preço líquido médio de venda de celulose da empresa no primeiro trimestre ficou em US$ 705 a tonelada, uma queda de 2% sobre o mesmo período do ano passado.
Além da venda de celulose ter recuado quase 3% na comparação anual, a venda de papel caiu 3,5%.
Com isso, a receita líquida da companhia recuou 15% no primeiro trimestre sobre os três primeiros meses do ano passado, para R$ 5,7 bilhões. A estimativa média de analistas para esta linha era de faturamento de R$ 5,6 bilhões, segundo a Refinitiv.
A Suzano terminou o trimestre com uma relação de dívida líquida sobre Ebitda ajustado de 3,4 vezes em reais e de 3,3 vezes em dólares. Um ano antes as relações eram de 1,9 vez para ambas as moedas.
A companhia informou no balanço que prevê investimento de R$ 6,4 bilhões em 2019, dos quais R$ 1,4 bilhão serão aplicados em compra de terras e florestas.
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