A Airbus e a Boeing conseguiram mais de US$ 17 bilhões em negócios fechados no segundo dia do Paris Airshow, enquanto suas equipes buscavam obter pedidos após uma queda nas vendas em muitas companhias aéreas e a suspensão da aeronave mais vendida da Boeing.
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A Airbus ampliou sua liderança em pedidos no evento com um acordo de US$ 6 bilhões fechado hoje (18) para vender 36 aviões à companhia aérea das Filipinas, Cebu Air, incluindo 10 aeronaves do novo modelo A321XLR de longo alcance lançado ontem (17).
A empresa europeia também fechou um acordo para vender mais 30 aviões A320neo para a Saudi Arabian Airlines, no valor de US$ 3,3 bilhões a preços de tabela, enquanto a AirAsia, da Malásia, trocou 253 pedidos de A320neo para o modelo maior A321neo. Os termos financeiros do acordo com a AirAsia não foram divulgados.
A Boeing, entretanto, conseguiu um impulso muito necessário após um início lento do evento na segunda-feira, quando a Korean Air se comprometeu a comprar 20 aeronaves 787 Dreamliners da empresa dos Estados Unidos, por US$ 6,3 bilhões a preço de tabela. A Air Lease também se comprometeu a comprar cinco 787, valendo cerca de US$ 1,5 bilhão.
Apesar da recente atividade, o maior evento anual da indústria aeroespacial foi mais silencioso do que o normal, alimentando especulações de que um boom de uma década poderia estar chegando ao fim.
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Com as companhias aéreas lutando para lidar com o excesso de capacidade, alguns analistas alertam que a Airbus e a Boeing poderão enfrentar um número crescente de cancelamentos de suas volumosas encomendas.
“Embora os investidores tenham começado a fazer perguntas sobre o estado do ciclo ascendente, a indústria aeroespacial permanece muito confiante no cenário atual do mercado”, disseram analistas da Vertical Research Partners em nota.
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