O dólar fechou em ligeira queda frente ao real hoje (26), mas o estímulo às vendas foi limitado pela persistente demanda por moeda no mercado físico, reflexo do sazonal aumento de saídas de recursos em fim de mês.
LEIA MAIS: Dólar bate máxima em uma semana
Junho marca, ainda, o término de trimestre e de semestre, o que tem reforçado a procura de empresas e investidores por dólares para envio ao exterior – como remessas de lucros e dividendos, por exemplo.
A taxa do casado – um cupom cambial de curtíssimo prazo e que reflete o custo do dólar no país – chegou a bater 8% nesta quarta-feira, muito acima do usual, entre 3% e 4%.
Após o leilão de linha do Banco Central – no qual a autoridade monetária injetou US$ 1 bilhão no sistema -, o casado caiu à faixa de 6%, patamar ainda considerado alto, mas retomou força e voltou a tocar os 8%.
“O mercado está muito afetado por questões técnicas. Tem a ‘briga’ pela Ptax, saídas de recursos… Não duvido que o BC volte a anunciar mais linhas”, disse Thiago Silencio, operador de câmbio da CM Capital Markets.
Ainda pela manhã, o BC vendeu todo o lote de US$ 1 bilhão em linha de moeda estrangeira com compromisso de recompra, elevando o estoque total dessas operações para US$ 15,025 bilhões, US$ 6 bilhões a mais que no começo de junho.
VEJA MAIS: Dólar cai de olho em Previdência e à espera do G20
No fim do pregão no mercado interbancário, o dólar fechou em queda de 0,16%, a R$ 3,8467 na venda.
Na B3, o contrato de dólar futuro de maior liquidez oscilava em torno da estabilidade, a R$ 3,8475.
O real ficou atrás de alguns de seus pares emergentes, como rand sul-africano, peso mexicano e lira turca, que lideravam os ganhos nos mercados de câmbio nesta sessão. Esperanças de algum progresso nas negociações comerciais entre China e Estados Unidos ampararam a demanda do mercado por ativos de risco.
Baixe o app de Forbes Brasil na Play Store e na App Store