O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), liberou a venda da Transportadora Associada de Gás (TAG), subsidiária da Petrobras, a um consórcio integrado pela elétrica francesa Engie, pouco após o plenário da corte ter determinado que venda do controle acionário de subsidiárias de estatais não precisa de um aval do Congresso Nacional. Com isso, a estatal petrolífera deverá receber uma injeção nos próximos dias de US$ 8,6 bilhões pela concretização da operação, suspensa há duas semanas.
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, abrindo caminho para levar a cabo –sem maiores dúvidas jurídicas– um bilionário plano de desinvestimentos.No julgamento, o plenário do STF também fixou o entendimento de que essas operações de venda de controle acionário de subsidiárias podem ser realizadas desde que respeitem um procedimento de licitação previsto em regras legais e que garanta uma concorrência pública. Na prática, a decisão libera a venda de ativos da Petrobras com base nas regras do decreto editado pelo ex-presidente Michel Temer e na Lei do Petróleo sancionada no governo Fernando Henrique Cardoso.
Representantes da petrolífera e do governo tiveram sucesso na intensa articulação no Supremo — realizada desde a semana passada — para derrubar a liminar dada pelo ministro Ricardo Lewandowski, que havia embasado a decisão de suspender a venda da TAG e gerado incerteza jurídica de o governo promover a sua política de desinvestimentos.
Um decisão desfavorável para o governo e Petrobras poderia colocar em xeque o plano de privatizações do gestão Bolsonaro, além da política de desinvestimentos da estatal petrolífera, que conta com a venda de ativos para reduzir sua dívida líquida de R$ 372,2 bilhões. Os ministros foram taxativos a afirmar que a venda do controle de uma empresa matriz, como é o caso da Petrobras e outras estatais, precisa passar por um aval do Congresso Nacional.
A Petrobras considera que cumpre as duas exigências na operação de venda da TAG. A empresa já detém autorização legislativa para alienar o controle acionário de subsidiárias, no caso, a Lei do Petróleo. Em relação à licitação, a estatal diz que o processo de venda baseou-se no decreto editado pelo governo Michel Temer para garantir a concorrência da disputa.
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