Resumo:
- A libra do Facebook atingiu uma popularidade considerável menos de um mês depois do anúncio de seu projeto;
- Mesmo sem ter sido lançada ainda, a libra é mais reconhecida do que qualquer outra criptomoeda no mundo, com exceção ao bitcoin.
O bitcoin já existe há pouco mais de uma década, enquanto seus maiores competidores, ethereum, litecoin e ripple da XRP, tem entre quatro e sete anos de mercado – e todos, menos o bitcoin, já foram ofuscados pela criptomoeda ainda não lançada do Facebook, a libra.
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O preço do bitcoin aumentou nos últimos meses enquanto o interesse das redes sociais pelo projeto da libra do Facebook esquentou, apesar de ter recebido um balde de água fria dos reguladores pouco depois.
Uma nova pesquisa mostrou que existe um interesse público “substancial” no potencial rival do bitcoin sendo criado pelo Facebook, mesmo com a falta de confiança na empresa, com pessoas mais familiarizadas com a libra do que com o ethereum, litecoin ou ripple da XRP.
O bitcoin e a libra foram o centro das atenções do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na semana passada, quando tuitou sua oposição a respeito de ambas as tecnologias. No entanto, ele pode ter acidentalmente apresentado a ideia de bitcoin e criptomoedas a uma nova audiência.
Um estudo realizado pela corretora norte-americana eToro mostra que 58% da população dos Estados Unidos já ouviu falar do bitcoin, a primeira e maior criptomoeda, enquanto a libra do Facebook é conhecida por 16% das pessoas – apenas um mês após ser revelada.
O ethereum, a segunda maior criptomoeda, alcançou apenas 12% de reconhecimento desde que foi ao ar em julho de 2015. Pode-se assumir que criptomoedas como o litecoin e o ripple da XRP são ainda menos conhecidas.
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“Acreditamos que o cripto e a tecnologia de blockchain que o apoia serão essenciais para a economia do futuro,” disse Guy Hirsch, diretor de gestão da eToro. “Introduzindo esse conceito a uma nova audiência, a libra pode ter um papel vital na evolução de uma economia descentralizada e mais democratizada.”
Ao mesmo tempo, porém, a pesquisa também mostra que as pessoas podem não confiar no Facebook para gerir pagamentos corretamente, talvez por conta de seu atual escândalo de compartilhamento de dados.
Pouco mais de metade dos que responderam à pesquisa, 54% de um total de aproximadamente 600 participantes, expressaram dúvidas em relação a como o Facebook usa seus dados pessoais, e apenas 17% indicaram que confiariam no Facebook assim como confiam em seus bancos.
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