O dólar renovou hoje (30) a máxima em três semanas, aproximando-se de R$ 3,80, mas ainda caminha para fechar o segundo mês consecutivo de queda, na expectativa pelas decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos.
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O dólar à vista subiu 0,19% nesta terça, a R$ 3,7909 na venda. É o maior nível para um fechamento desde 8 de julho (R$ 3,8081). Faltando uma sessão para o fim do mês, a moeda norte-americana acumula queda de 1,30% em julho, depois de baixa de 2,13% em junho.
Boa parte dessa queda decorre da expectativa de que o Federal Reserve (o banco central dos EUA) corte juros e, assim, aumente a liquidez, a qual poderia migrar para mercados como o Brasil, elevando a oferta de dólares e consequentemente baixando o preço da moeda.
Mas no mercado cresceram dúvidas sobre uma sinalização mais contundente do Fed de novas reduções de juros à frente, o que poderia ditar uma reversão do recente movimento em moedas de risco.
O receio é de um salto na volatilidade, que elevaria a demanda por proteção e, portanto, por moedas tidas como seguras – caso do dólar e do iene, por exemplo.
O risco de aumento da volatilidade se destaca conforme as medidas de incerteza para as taxas de câmbio no mundo operam perto de mínimas em cinco anos. Tanto o índice de volatilidade cambial para divisas do G10 quanto o de volatilidade para moedas emergentes – ambos do Barclays – operam em torno dos menores níveis desde 2014.
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A volatilidade implícita das opções de dólar/real para três meses oscilava em torno de 10,86% ao ano, perto das mínimas desde julho de 2014.
“Temos estado preocupados com o nível excessivamente baixo de volatilidade cambial e não acreditamos que isso é sustentável no longo prazo”, disseram estrategistas do BofA em nota a clientes. “Muito da discussão recente sugere que o atual mix de política, que depende muito da monetária, não é sustentável e pode eventualmente a levar a fortes ajustes nos mercados.”
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