A França adotará um imposto sobre empresas aéreas que usam seus aeroportos para ajudar a cuidar do meio ambiente, anunciou a ministra dos Transportes, Elisabeth Borne, hoje (9), uma medida que deve arrecadar cerca de € 180 milhões a partir de 2020.
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As ações de empresas aéreas de toda a Europa caíram após a notícia. A Air França perdia 5,2%, a Ryanair 4,8%, a easyJet 4% e a Lufthansa quase 3% às 12h55 do horário de Greenwich.
Mas ativistas disseram que dificilmente o novo imposto mudará os hábitos de consumo nos níveis propostos e que ele é baixo perto do de outros países. Sediada em Bruxelas, a ONG Transport and Environment (T&E) estima que os impostos cobrados das linhas aéreas geram cerca de € 1 bilhão ano na Alemanha e mais de € 3 bilhões no Reino Unido.
A nova taxa francesa será de € 1,5 em voos dentro da França ou da União Europeia, € 3 para voos econômicos partindo da UE, € 9 para a classe executiva dentro da UE e de mais de € 18 para passagens da classe executiva em voos partindo da UE. Voos de conexão não serão taxados.
“Decidimos adotar um ecoimposto sobre todos os voos da França”, explicou a titular dos Transportes, Elisabeth Borne, em uma coletiva de imprensa, acrescentando que a renda será usada para financiar o transporte diário na França, especialmente trens locais.
O governo francês também disse que, a partir de 2020, espera arrecadar € 140 milhões reduzindo os benefícios fiscais do diesel para caminhões.
“O governo está finalmente visando brechas fiscais das indústrias mais poluidoras, como o transporte em caminhões e as empresas aéreas, mas estas medidas modestas não reduzirão significativamente as emissões de gases de efeito estufa”, disse Lorelei Limousin, da Climate Action Network.
No mês passado, a França disse querer que a nova Comissão Europeia pressione pelo fim das isenções globais de impostos sobre o combustível de avião para reduzir as emissões de CO2. O país também se uniu à Holanda para tentar convencer outras nações europeias a taxar mais as viagens aéreas.
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