Resumo:
- Ações da empresa de K-Pop YG Entertainment fecharam em baixa na última semana, com uma estrela de sua lista sendo investigada por atividades ilícitas;
- O cantor Daesung, do grupo BIGBANG, foi recentemente apontado como proprietário de um prédio que abrigava vários negócios questionáveis, como bares ilegais de entretenimento para adultos;
- As alegações em torno de Daesung vêm após uma série de casos de grande repercussão em torno do mundo do entretenimento sul-coreano no início deste ano.
As ações da empresa de K-pop YG Entertainment fecharam em baixa na última semana, em meio a mais uma estrela de sua lista sendo investigada por negócios ilícitos. Na segunda-feira (29 de julho), o valor dos papéis da YG fechou na Kosdaq a 24.350 won sul-coreanos (KRW) ou cerca de US$ 20,60. É um aparente recorde de baixa para a companhia sul-coreana de entretenimento, que caiu para 24,3 mil KRW na terça-feira (30 de julho). A YG encerrou esse dia com ganhos em 25,5 mil KRW, ou US$ 21,75, e vacilou na faixa de 24 mil a 25 mil desde então.
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A ocorrência ocorreu em um momento de volatilidade no mercado acionário sul-coreano e em meio a alegações de irregularidades em torno do cantor Daesung (Kang Dae-sung), do grupo BIGBANG. Segundo relatos, a estrela de K-Pop de 30 anos foi recentemente apontada como proprietário de um prédio que abrigava vários negócios questionáveis, como bares ilegais de entretenimento para adultos.
Daesung é o mais recente nome de uma série de pessoas associadas à YG Entertainment a ser investigado por supostas ações ilegais nos últimos meses.
O edifício de propriedade do membro do BIGBANG foi investigado pela Seoul Gangnam Police Station nos últimos meses. Além disso, um caso envolvendo quatro inquilinos no mês passado por violar os regulamentos de instalações foi enviado à promotoria, informa o “The Korea Herald”. Eles supostamente ofereceram serviços de hospedagem para a clientela, e foram administrados como estabelecimentos de bebida, apesar de terem sido registrados como restaurantes. A polícia está investigando se Daesung ajudou ou instigou as práticas ilegais.
Em 26 de julho, Daesung emitiu um comunicado pela YG, no qual disse que não tinha conhecimento da situação e afirmou que havia comprado o prédio antes de se alistar no serviço militar obrigatório da Coreia do Sul no ano passado e não sabia que os negócios estavam sendo conduzidos pelos inquilinos antes de sua compra. Ele completará seu serviço e retornará à vida civil em novembro. Em 30 de julho, a emissora Channel A informou que adquiriu uma suposta cópia do contrato entre Daesung e um inquilino, cujas fontes incluíam frases intencionais que enfatizavam que quaisquer transações ilegais envolvidas resultariam em um término do contrato, o que sugere que o vocalista estava ciente do problema dessas práticas das empresas, apesar de sua negativa anterior.
As alegações em torno de Daesung vêm depois de uma série de casos de grande repercussão em torno do mundo do entretenimento sul-coreano no início deste ano, conhecidos como “Burning Sun”, devido ao nome de um dos principais estabelecimentos sob escrutínio.
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Os acontecimentos entrelaçados derivam de boates e locais de entretenimento em Seul e orbitam em torno de diversos artistas sul-coreanos, incluindo Seungri (Lee Seung-hyun), do BIGBANG, e Yang Hyun-suk, fundador da YG, devido ao suposto envolvimento deles em uma ampla gama de atividades ilegais, incluindo peculato, agressão sexual, filmagem ilegal de parceiros sexuais e coordenação de prostituição. Policiais e políticos também foram envolvidos em várias acusações de suborno e corrupção. Os preços das ações das principais agências de K-Pop (chamadas de “Big 3”) da Coreia, SM, JYP e YG Entertainments, flutuaram durante todo o ano em correlação com os casos.
A YG Entertainment foi fundada em 1996 por Yang e está por trás da formação de artistas populares do gênero, como BIGBANG, 2NE1 e BLACKPINK. A gravadora também gerenciou nomes como Epik High e Psy. A empresa tem uma variedade de negócios além a gestão de artistas musicais.
A queda da última semana segue a do mês passado, depois que Yang anunciou que se distanciaria da marca, embora ainda seja o principal acionista. Desde então, ele já foi alvo de suspeita de coordenar a prostituição em troca de favores de negócios. Seu irmão Yang Min-suk -que recentemente deixou o cargo de CEO e foi substituído por Hwang Bo-kyung, ex-diretor executivo e CFO da YG- é o segundo maior acionista individual da companhia, enquanto empresas como a Naver e a Tencent também possuem quantidades consideráveis de participações.
Após a queda na segunda-feira (29), os papéis da YG se recuperaram no dia seguinte. Isso correspondeu a uma recuperação de todo o mundo das ações sul-coreanas -incluindo SM e JYP-, que têm oscilado recentemente, em parte, devido ao aumento das tensões entre o Japão e a Coreia do Sul, que colocam em risco a relação financeira entre as duas nações.
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Rumores dão conta de que a YG está se preparando para devolver 67 bilhões de KRW (US$ 56,9 milhões) à Louis Vuitton Moet Hennessy (LVMH), que deve sair do negócio em outubro, cinco anos depois de ter fechado um acordo com a YG. Nem a YG ou a LVMH responderam a pedidos para comentar esta história.
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