Resumo:
- Veículos especializados apontam para um padrão que pode levar a uma futura “bolha” do bitcoin;
- Mesmo que o fenômeno não se repita, a alta significativa do bitcoin merece a atenção de investidores.
O preço do bitcoin foi de US$ 3.700 em fevereiro para cerca de US$ 10.300 em 26 de agosto. Altas significativas não são novidade para os investidores já acostumados com a criptomoeda, o que não quer dizer que esse crescimento de 2%, em média, a cada 24 horas — de acordo com o veículo Coindesk, especializado em criptomoedas — não seja nada.
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A famosa “bolha” pela qual o bitcoin passou entre 2015 e 2017 elevou o valor da moeda de algo em torno de US$ 150 a US$ 20.000 no período. Uma característica dessa bolha era a instabilidade do valor da moeda, que flutuava significativamente em curtos intervalos de tempo. Essa é uma tendência atual, de acordo com Brendan Coffey, colaborador da “Forbes” norte-americana. Pelos dados de Coffey, desde junho deste ano o bitcoin atingiu o valor de US$ 9.150 em valor — abaixo da marca dos US$ 10 mil, o que preocupa os investidores –e teve uma alta recente que chegou a US$ 13.850. Coffey também notou um padrão parecido no volume de bitcoins no mercado.
Esse volume caiu desde junho, mas, mesmo assim, a capitalização do bitcoin no mercado a levou neste domingo (25) ao valor de US$ 100 bilhões, de acordo com o site especializado CoinTelegraph.
Essas características apontam para uma nova bolha do bitcoin. Seu valor já subiu mais de 200% desde o começo do ano. No Twitter, o pesquisador sênior do fundo de criptoinvestimentos Ikigai afirmou que o nível dos fundos de reserva de risco da empresa está muito parecido com o do começo de 2017.
No entanto, ainda é preciso esperar e analisar o efeito que a especulação de uma nova “bolha” terá no mercado, o que é difícil, dada a volatilidade da criptomoeda. Além disso, não se pode descartar a influência da guerra comercial entre China Estados Unidos: ela impulsionou a alta da criptomoeda, já que investidores veem o bitcoin como um investimento quase que blindado da instabilidade econômica e política de ambos os países.
“A tensão crescente nos negócios apresenta incertezas consideráveis”, disse Evan Kuo, CEO e co-fundador na empresa de criptomoedas Ampleforth, à “Forbes” norte-americana.
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