A BRF, maior exportadora de frango do mundo, voltou registrar lucro no segundo trimestre de 2019 depois de nove meses no vermelho, graças a uma combinação de maior receita líquida impulsionada por aumento no volume de vendas e preços mais altos de carne nas várias regiões onde atua.
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A BRF registrou um lucro líquido de R$ 191 milhões entre abril e junho, de acordo com dados divulgados hoje (9), enquanto analistas esperavam que a BRF perdesse R$ 50,2 milhões no trimestre. A BRF informou que a receita líquida subiu quase 18%, para R$ 8,338 bilhões de no período.
O melhor desempenho comercial e operacional da companhia está relacionado à peste suína africana na China, uma doença mortal que acomete suínos e que reduziu a produção de carne naquele país, aumentou a necessidade de importações e impulsionou os preços.
A BRF descarta qualquer perspectiva de recuperação da oferta de carne no curto prazo devido aos problemas causados pelo surto de peste suína, o que significa que o prognóstico para os preços das proteínas permanecerá favorável durante a segunda metade do ano em todo o mundo.
A companhia também destacou seu desempenho na Arábia Saudita, um mercado-chave onde os fornecedores enfrentam restrições relacionadas aos requisitos para vender a mercados halal, que exigem que os animais sejam abatidos de acordo com a lei islâmica.
A empresa informou que suas vendas no mercado halal cresceram 12,5% no trimestre, graças aos preços mais altos na Arábia Saudita, que impõe exigências rigorosas para certificar fornecedores de carne.
A BRF informou que o lucro ajustado antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foi de R$ 1,547 bilhão no período, quase o dobro da estimativa média dos analistas de R$ 825,20 milhões.
A BRF informou que os preços médios de venda consolidados subiram mais de 17% no segundo trimestre. No Brasil, a BRF disse que os preços subiram em 30% anualizados para frango e 35% para carne suína.
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