Resumo:
- O governo chinês anunciou hoje (23) que implantará uma nova política de tarifas em resposta a atitude norte-americana na guerra comercial entre os dois países;
- As novas taxas atingirão US$ 75 bilhões em bens dos Estados Unidos e impactarão principalmente o setor automotivo.
A China anunciou hoje (23) seu plano de impor novas tarifas sobre US$ 75 bilhões em produtos norte-americanos. Os impostos variariam entre 5% a 10% e entrariam em efeito nos mesmos dias em que as tarifas -já oficiais- dos Estados Unidos sobre bens chineses começam a valer: nos dias 1 de setembro e 15 de dezembro. Essas novas taxas são uma clara resposta à barreira comercial imposta pelo presidente Trump aos produtos chineses, como foi confirmado pela própria Comissão do Conselho de Tarifas do Estado, em Pequim.
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A tarifa chinesa sobre automóveis é provavelmente a mais salgada: 25%. Já a sobre autopartes é de 5%. Mesmo assim, elas não se comparam äs taxas impostas pelos EUA -oficiais e que entrarão em vigor em breve- sobre aproximadamente US$ 300 bilhões em produtos chineses. As supostas tarifas chinesas também atingirão petróleo e derivados da agricultura, principalmente grãos de soja.
De acordo com a Bloomberg, as empresas automotivas que serão mas afetadas pelas possíveis futuras tarifas são a Tesla, a BMW e a Daimler. “Acho que a China está tentando mostrar que, cooperando ou lutando, está pronta para ambos e não será pressionada a fazer um acordo desfavorável,” disse Andy Mok, especialista em transações e geopoliítica no Centro para a China e Globalização, em Pequim, ao jornal “The New York Times”.
A resposta do mercado estadunidense à novidade foi uma queda inesperada. O índice da Dow Jones caiu 150 pontos após o anúncio das novas taxas, ao invés de subir 100, como era o previsto para o dia. Wall Street e alguns índices europeus também caíram.
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