O dólar tinha pouca variação contra o real hoje (28), em mais um dia de volatilidade no mercado de câmbio em meio a atuações do Banco Central, um dia depois de a autoridade monetária intervir no mercado com venda de dólar pela primeira vez desde 2009.
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As disputas comerciais entre Estados Unidos e China e temores sobre seu impacto sobre a economia global ainda se mantinham de pano de fundo, em dia de maior aversão ao risco no exterior.
Às 10:17, a moeda norte-americana recuava 0,25%, a R$ 4,1477 na venda. Na véspera, o dólar subiu 0,45%, a R$ 4,1581 na venda, maior patamar desde 14 de setembro de 2018. Na máxima intradiária, a cotação bateu R$ 4,1956 na venda. Pela taxa de compra, o pico foi de R$ 4,1943 reais, maior patamar durante os negócios desde 17 de setembro do ano passado.
Depois de o dólar bater essa máxima, o BC anunciou a operação de venda de dólar à vista em operação extraordinária e sem estar conjugada com outros instrumentos, na esteira de crescente demanda do mercado por uma atuação mais incisiva da autoridade monetária.
Neste pregão, o dólar futuro tinha alta de cerca de 0,5%.
Alessando Faganello, operador de câmbio da Advanced Corretora, destaca o fator de “imprevisibilidade” de atuação do BC com relação ao leilão à vista puro, que acabou por retirar os comprados da zona de conforto. Para ele, nessa forma de atuação a eficiência é muito maior, até por mostrar que a instituição está atenta a disfuncionalidades e distorções na taxa de câmbio.
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“O cenário externo está recheado de incertezas e isso tudo resulta em fuga de capital estrangeiro. A volatilidade vai continuar sendo grande justamente porque temos uma série de fatores influenciando pra isso.”
Contra uma cesta de moedas, o dólar tinha alta de 0,16%, a 98,160.
O BC vendeu US$ 25 milhões dos US$ 550 milhões em moeda física nesta quarta-feira e negociou ainda 500 contratos de swap cambial reverso dos 11 mil ofertados – nos quais assume posição comprada em dólar.
Adicionalmente, a autarquia disponibilizará até US$ 1,5 bilhão em linhas de dólares com compromisso de recompra, em operação que visa rolar parte dos US$ 3,8 bilhões vincendos em 4 de setembro nessa modalidade.
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