O dólar voltou a subir hoje (7), com a cotação no mercado futuro batendo a marca psicológica de R$ 4 pela primeira vez desde o fim de maio, em novo dia de desvalorização de divisas emergentes diante de persistentes incertezas causadas pela guerra comercial iniciada pelos Estados Unidos contra a China.
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A máxima de R$ 4,0000 no dólar futuro foi alcançada por volta de 10h15. A moeda se manteve perto desse patamar até perto de 13h30, a partir de quando perdeu força. Ainda assim, por volta de 17h20, o dólar futuro subia 0,30%, a R$ 3,9800 reais. As operações no mercado futuro da B3 vão até as 18h.
No segmento à vista, que encerrou às 17h, o dólar teve ganho de 0,48%, a R$ 3,9749 na venda. É o maior patamar de fechamento desde 30 de maio (R$ 3,979). No pico intradia, o dólar spot foi a R$ 3,9935.
Embora ainda tenha subido, a moeda saiu das máximas do dia, enquanto no exterior os mercados esboçaram reação depois de um começo de dia mais negativo. “[Mas] essa recuperação é para vender [ativos de risco]. Não confio. Estou vendendo S&P 500, comprando mais dólar/real e [estou] marginalmente vendido em Ibovespa”, disse Renoir Vieira, gestor do family office Pacific Investimentos.
No exterior, divisas demandadas em tempos de incerteza, como iene japonês e franco suíço, lideravam os ganhos nesta sessão nos mercados de câmbio, enquanto moedas associadas ao risco, como dólar neozelandês e peso colombiano tinham firme depreciação.
Apesar das incertezas, analistas ainda acreditam que o real vai se valorizar nos próximos meses, amparado por fluxos atraídos por medidas pró-mercado do governo brasileiro. Pesquisa Reuters divulgada nesta quarta mostrou expectativa de que o dólar caia a R$ 3,74 em 12 meses.
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