O dólar subia com força ante o real hoje (7), tendo superado o nível de R$ 3,99, com renovado sentimento de aversão ao risco no exterior por temores ligados à disputa comercial entre Estados Unidos e China.
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Às 10h37, o dólar avançava 0,83%, a R$ 3,9888 na venda. Na máxima do pregão, a cotação foi a R$ 3,9930 na venda e, na mínima, tocou R$ 3,9460 na venda.
Na véspera, o dólar encerrou praticamente estável, com variação negativa de 0,03%, a R$ 3,956 na venda. O dólar futuro de maior liquidez perdia cerca de 0,64% neste pregão.
A cautela voltava a imperar nos mercados globais nesta quarta-feira em face da perspectiva de uma nova escalada nas tensões entre Estados Unidos e China. “Continuamos totalmente reféns do movimento de fora… O mundo está bastante instável, há bastante aversão ao risco, preocupações com a questão cambial”, disse o economista da consultoria Tendências, Silvio Campos Neto.
Ontem (6), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, minimizou temores de uma guerra comercial prolongada, apesar de um alerta do governo chinês de que classificar o país como manipulador cambial terá consequências severas para a ordem financeira global.
O porta-voz da Administração Estatal de Câmbio chinesa disse nesta quarta-feira que a ação dos EUA via piorar seriamente o ambiente econômico e prejudicar o crescimento global.
Em meio aos persistentes temores sobre a disputa EUA-China, investidores denotam maior importância para eventuais declarações de autoridades do Federal Reserve, que vinham citando a guerra comercial como fator de risco à saúde da economia norte-americana.
Na véspera, o presidente do Federal Reserve de St. Louis, James Bullard, disse que o banco central dos EUA pode ficar preso a um ambiente comercial volátil por anos, mas não pode responder “ao vaivém diário” das disputas entre países sobre as regras do jogo.
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A Câmara dos Deputados aprovou na madrugada desta quarta-feira o texto-base da reforma da Previdência em segundo turno e votará, a partir das 11h, destaques que podem suprimir pontos do texto, visando encerrar a tramitação da matéria na Casa e enviá-la ao Senado. O placar foi de 370 votos a favor e 124 votos contrários. No primeiro turno, o governo obteve 379 votos a favor de seu texto e 131 votos contrários.
No entanto, as expectativas positivas com relação à tramitação da Previdência, inclusive no Senado, já estão consolidadas entre participantes do mercado e, portanto, noticiário sobre a reforma não deve beneficiar o câmbio, com atenções todas voltadas para o exterior. “Por enquanto, com o exterior dessa forma, é difícil (que Previdência dê alívio nos preços), e já era algo esperado. Se o governo conseguir que algum destaque prospere, pode trazer algum impacto, mas muito pontual”, acrescentou Silvio.
O BC realiza nesta sessão leilão de até 11 mil contratos de swap cambial tradicional, correspondentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento outubro de 2019.
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