Resumo:
- Novas atas do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) mostram que oficiais do país estavam mais otimistas do que pareciam quando adotaram cortes de juros;
- Com as recentes revelações, é possível entender que reduções futuras não deve ser a tônica.
O Fed anunciou no último dia 31 que cortaria seus juros em 0,25%. O resultado foi a percepção -aparentemente errada- de que os oficiais do banco central estavam se prevenindo contra uma possível crise gerada pela tensão da guerra comercial China-EUA. Nas atas publicadas pelo Fed ontem (21) que relatam as discussões que levaram aos cortes, é possível ver que a decisão não foi tão simples e que os cortes não se tornarão uma medida rotineira.
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Os relatórios também mostram que dois oficiais do banco central foram contra os cortes. De acordo com o documento, vários participantes afirmaram que, no período da votação, a relação do banco com empresas parecia ter melhorado. Alguns também acreditam que os efeitos da incerteza nos negócios causada pela guerra comercial foram modestos, e disseram que os investimentos em seus respectivos distritos continuam, embora mais cautelosos.
A presidente do Fed em Kansas City, Esther George, disse à Bloomberg Television em uma entrevista gravada no dia 21 que não acomodaria ainda mais a economia mais, sem ter sinais de que ela estava enfraquecendo. Já Patrick Harker, presidente do Fed da Filadélfia, disse à rede de televisão CNBC que acredita que a taxa de juros deveria permanecer a mesma por um tempo, procurando estabilidade.
As novas tarifas do presidente Donald Trump sobre produtos chineses entram em vigor dia 1º de setembro. Basta agora saber se o presidente manterá as críticas ao Fed, que teceu em pronunciamentos e no Twitter. Hoje (22), na rede de microblogs ele disse que “a economia vai muito bem. [O Fed] pode facilmente bater recordes! A pergunta sendo feita é por que pagamos mais juros do que a Alemanha e alguns outros países? Sejam rápidos (ao menos uma vez), não atrasados. Deixem que os Estados Unidos ganhem muito, não só ganhem!”
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