O Banco Central melhorou ligeiramente sua projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil a 0,9% em 2019, contra 0,8% antes, e estimou que a economia terá expansão de 1,8% em 2020, conforme Relatório Trimestral de Inflação (RTI) publicado hoje (26). Segundo o BC, a perspectiva para o próximo ano, divulgada pela autoridade monetária pela primeira vez, está envolta em “elevado grau de incerteza” e está também condicionada à continuidade das reformas e ajustes na economia.
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Em relação à estimativa deste ano, o BC ponderou que o resultado melhor que o esperado para o PIB do segundo trimestre favoreceu o carregamento estatístico para 2019, contribuindo para a revisão para cima.
“A projeção ora apresentada considera ritmo de crescimento ainda lento no terceiro trimestre, em linha com indicadores coincidentes divulgados até o momento, e aceleração no quarto trimestre, para a qual deve contribuir o impulso das liberações extraordinárias de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do Programa de Integração Social (PIS)/Programa de Formação de Patrimônio do Servidor Público (Pasep)”, assinalou o BC no relatório.
No documento, o BC também reiterou sua mensagem de que vê espaço para continuidade no ciclo de redução da Selic, após ter cortado a taxa de juros em 0,50 ponto percentual mais cedo neste mês, à mínima histórica de 5,50% ao ano.
“O Comitê avalia que a consolidação do cenário benigno para a inflação prospectiva deverá permitir ajuste adicional no grau de estímulo (monetário)”, disse.
Previsão para crédito diminui
O BC também divulgou sua previsão para o crédito em 2019: de 5,7%, mais baixo que a perspectiva anterior de 6,5%, conforme dados do seu Relatório Trimestral de Inflação (RTI), no qual indicou que a alta em 2020 deverá ser de 8,1%.
Pelos cálculos do BC, o estoque de crédito às famílias deverá subir 11% neste ano, sobre 9,7% antes. Para as empresas, a estimativa foi piorada a uma retração de 0,9%, sobre aumento de 2,5% na leitura anterior, feita no relatório de junho.
Para o estoque de crédito livre, o BC calculou alta de 12% em 2019, sobre 11,6% antes. Para o crédito direcionado, a conta agora é de uma diminuição de 1,8% em 2019, contra alta de 0,4% no RTI passado.
Em relação a 2020, o BC vê recuperação no crédito às empresas, com expansão de 3,8%. As famílias, contudo, continuarão exercendo protagonismo, com crescimento de crédito previsto de 11,2%. Para o crédito livre em 2020 a estimativa é de aumento de 11,4% e para o crédito direcionado, de elevação de 3,6%.
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